Ficou marcado para esta quarta-feira (6), o depoimento do Senador Eduardo Braga (MDB-AM) à Polícia Federal. O Senador da bancada do Amazonas é acusado em delação, de ter recebido 6 milhões em propina da JBS.
Entenda o caso:
Líder do MDB no Senado, Eduardo Braga diz que seus advogados buscarão reparação na Justiça; operação foi feita com base em delações de ex-executivos da JBS e da Transpetro. Eduardo Braga, classificou como um “abuso” o fato de ter sido informado pela Polícia Federal no início da manhã de terça-feira (5), sobre um depoimento que deveria prestar ao órgão.
Essa operação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, e integra um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal a partir das delações premiadas do executivo Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais o Grupo J&F, que controla o frigorífico JBS, e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Tais investigações foram iniciadas em maio de 2018, e apurou supostos pagamentos de propina do Grupo J&F a parlamentares do MDB para apoiar o PT nas eleições de 2014. No qual foi citado Eduardo Braga, por ter supostamente recebido 6 milhões em propina da JBS.
Conforme delação de Saud, o mesmo afirma ter havido pagamentos da ordem de 46 milhões de reais a senadores do MDB, a pedido do PT. De acordo com o executivo, apesar de diversas doações terem sido oficiais, trata-se de “vantagem indevida”, já que dirigentes petistas estariam comprando o apoio de peemedebistas nas eleições de 2014 para garantir a aliança entre os dois partidos.
“Eu acho que, para que eu fosse notificado de um agendamento de oitiva, não precisava ser às 7 horas da manhã, podia ser a qualquer momento. Eu tenho local certo e conhecido, não só em Brasília, como no meu Estado”, disse o senador. “Não sou daqueles que respondem de forma desequilibrada, mas creio que este é um dos abusos que nós precisamos evitar no Brasil.” Os advogados, afirmou Braga, buscarão uma reparação na Justiça. A defesa, alegou, ainda não teve acesso à decisão judicial que autorizou o depoimento.
- Fonte: Veja
- Imagem: Divulgação.