quinta-feira, novembro 21, 2024

Resumão de tudo- Mais 1 dia de julgamento “Caso Sotero”. ASSISTA AO VÍDEO!

Retomada do julgamento dobre o “Caso Sotero” inicia com depoimento da viúva do advogado Wilson Justo.

A dentista Fabíola Rodrigues, viúva do advogado Wilson Justo, morto no dia 25 de novembro de 2017, afirmou a Claudio Dalledone, principal advogado da equipe de defesa do delegado de Polícia Civil, Gustavo Sotero, que se sentiu intimidada e coagida no seu primeiro depoimento prestado no 19° Distrito Integrado de Polícia (DIP).

A nova sessão iniciou na quarta-feira (27), após um breve recesso de 40 minutos.

Dalledone perguntou a Fabíola se a vítima achou justo o soco desferido pelo advogado Wilson Justo contra Sotero.

“Sim, achei”, respondeu rapidamente a dentista.

“Mas no depoimento no 19° DIP, a senhora disse que não achou justo, está correto?”, retrucou o advogado.

Foi nessa linha de defesa que Dalledone apresentou o Inquérito Policial (IP) do caso onde, segundo ele, consta a resposta negativa da dentista.

“No documento diz ‘havia motivo justo para Wilson ir até Sotero para deferir um soco?’, e perante três delegados e um escrivão, a senhora disse que não havia”, pontuou o advogado.

A viúva do advogado Wilson Justo rebateu:

“Lá eu me senti coagida e intimidada. Assim como estou me sentindo agora, falando com o senhor. Na delegacia, eu comentei com a minha advogada sobre isso. Ela disse que não daria em nada, que como Sotero era delegado, os outros o estavam defendendo”, declarou Fabíola.

A Promotoria, utilizou o vídeo das câmeras de segurança do circuito interno da casa noturna onde o crime ocorreu para dar seguimento à sessão. Ao ver as imagens, Fabíola afirmou que Sotero projetou o corpo para frente e com a arma em mãos atirou em Wilson. Segundo a dentista, Sotero “caçava” Wilson para matá-lo.

O julgamento segue em clima de tensão, pois os ânimos da família de Wilson Justo ficaram exaltados por duas vezes, quando o juíz Celso de Paula solicitou silêncio dos presentes no plenário.

 “Aqui, só quem pode se manifestar são as partes envolvidas”, frisou o magistrado.

Em outro momento, Fabíola e Dalledone solicitaram mais respeito no trato um com o outro. “O senhor está me pressionando a dizer coisas que eu não tenho certeza. Me sinto induzida. Coagida. Eu quero mais respeito”, pediu Fabíola.

“Eu não sou seu inimigo. Estou aqui fazendo o meu trabalho. Também estou consternado com a situação. Um colega advogado foi morto. Mas nesse momento eu faço as perguntas e a senhora responde. Eu mantenho a minha postura, lhe respeito, e também quero ser respeitado”, ponderou Dalledone.

Mauricio Carvalho Rocha é o segundo a ser ouvido. Ele foi um dos baleados durante a confusão que resultou na morte do advogado Wilson Justo Filho, em novembro de 2017.

 ‘Pensei que era um atentado terrorista’, diz testemunha sobre caso Sotero.

Segundo Mauricio, ele estava próximo a Sotero e viu quando o réu foi atingido por um soco no rosto, chegando a tombar e, quando se reergueu, “já foi puxando a arma que tinha na cintura”.

“Quando ouvi a quantidade de tiros, imaginei que se tratava de um atentado terrorista”, disse. À pedido da acusação, a vítima chegou a levantar a camisa e mostrar a marca do tiro aos jurados.

Mais confusão no julgamento!

Durante o depoimento, os ânimos entre o advogado de defesa Cláudio Dalledone e o promotor de justiça, George Pestana, ficaram bastante alterados. Isso porque, a defesa se irritou com o excesso de perguntas feitas à testemunha. Em determinado momento, o advogado de Sotero chama o promotor de ‘garoto mimado’ grita: “abaixa o tom pra falar comigo”.

Já foram ouvidas: As três vítimas e quatro testemunhas. O primeiro dia de julgamento finalizou quase 21h.

Imagens:

Vídeo:

  • Fonte: A Crítica
  • Imagem: Junior Matos – A Crítica/Rafael Alves -TJAM.
  • Vídeo: Portal do Holanda

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