As advogadas da família do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, realizaram um pronunciamento público hoje (2), após a conclusão do inquérito policial que investigou a morte do engenheiro, ocorrida no dia 30 setembro.
Segundo as advogadas Geysa Mitz Guimarães e Náiade Perrone, a família está satisfeita com o inquérito que foi “feito de forma imparcial”. Caso não tivesse sido, medidas administrativas e judiciais já teriam sido tomadas contra o processo.
“Não elegemos o Alejandro como autor do homicídio. Durante todo esse tempo, nós permanecemos em contato com vocês de forma informal, mas não demos entrevistas, não falamos com a imprensa, nos resguardamos, para não atrapalhar as investigações. Não apontamos o Alejandro como culpado de forma alguma, isoladamente, como muitos falam. Mas confiamos e acreditamos no trabalho que foi desempenhado pela polícia”, explicou Geysa.
Durante as investigações foram levantadas hipóteses que apontavam Alejandro como o autor dos golpes e também mandante do crime, teses essas que foram descartadas pela polícia.
“Essas hipósteses foram descartadas pela polícia, mas de forma técnica. Todas foram apuradas, mas a respeito de como foram descartadas é uma série de fatos e provas dentro do inquérito que levaram a esse descarte”, disse Náiade.
A defesa vai aguardar a conclusão do Procedimento de Investigação Criminal (PIC) instaurado pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) para decidir os próximos passos.
Para o advogado de defesa de Alejandro, Felix Valois, a prisão de Valeiko é uma perseguição política por ele ser enteado do prefeito de Manaus, Arthur Neto.
“A polícia diz que ele não fez nada e o indicia? Como é que é isso? Eu não encontro outra palavra na Língua Portuguesa para não dizer que é perseguição, no caso política, e o pior: por fato de terceiros, que ele mesmo não é político e o Arthur não é acusado de nada. Se o Alejandro não fosse enteado do prefeito, isso não saía na quinta página de um jornal em duas colunas”, disse o advogado em coletiva à imprensa.
A defesa está aguardando a quebra do sigilo processual para que as informações sobre o caso se tornem acessíveis ao público e evitem mais distorções dos fatos e diversas “fake news” que estão sendo espalhadas.
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