Posteriormente ao ocorrido do desmoronamento de dois trechos do muro de contenção da orla de Parintins, a prefeitura do município decretou estado de emergência em razão da subida de nível do Rio Amazonas.
“É nesse período em que os riscos de desmoronamento sobem consideravelmente devido ao constante choque das ondas com as encostas”.
A região atingida, pertence a um dos principais pontos turísticos de Parintins, o qual passou a pouco tempo por revitalização.
Com o decreto, o município está trabalhando na arrecadação de recursos oriundos do Governo Federal e Governo do Estado para a construção do muro de contenção nos trechos onde não existe mais a estrutura.
Inicialmente, a obra está sendo efetuada com recursos próprios, e a previsão para a entrega é de no máximo 90 dias.
Toda a obra está avaliada em R$ 2.300.000,00 e serão injetados recursos municipais e estaduais na ação.
Após o ocorrido, a vereadora Nêga Alencar (PSD) criticou o fato do prefeito de Parintins Bi Garcia (PSDB) ter anunciado o início da obra com recursos públicos da Prefeitura e após uma semana resolver tirar foto de uma erosão iniciada em 2009 para decretar estado de emergência.
Nêga Alencar pontuou o fato de não se ter uma placa de identificação da obra, especificando o valor investido, a empresa responsável e o prazo de início e fim do serviço. A vereadora cita, inclusive, que a dispensa de licitação favorece principalmente os amigos do prefeito que são empresários do ramo de construção.
“Um decreto de emergência em pleno período pré-eleitoral, apesar de ser legal, é imoral, uma vez que primeiro se iniciou a obra na orla da frente da cidade para depois se decretar estado de emergência. É inadmissível que em ano eleitoral o prefeito inicie uma obra sem se ter, pelo menos, realizado uma licitação para o serviço, em um problema que ele (prefeito) tem sua colaboração por estar há 26 anos no poder e até hoje não tomou nenhum posicionamento concreto para solucionar em definitivo o problema da orla da cidade”, afirma a vereadora Nêga Alencar.