sábado, outubro 5, 2024

Amazonas- “Rota da Biodiversidade”- Entidades do Amazonas desenvolvem pesquisa para inserir cinco plantas fitoterápicas na rede SUS.

Durante trabalho de cooperação inédito, entidades voltadas para as áreas da pesquisa, inovação e serviços no Amazonas estudam a identificação de insumos para inserir, até 2022, cinco plantas da biodiversidade amazônica na lista de fitoterápicos da rede do SUS.

Fitoterapia é a utilização de plantas para o tratamento de doenças. Todo produto farmacêutico, seja extrato, tintura, pomada, ou cápsula, que utiliza como matéria-prima qualquer parte de uma planta com conhecido efeito farmacológico, pode ser considerado um medicamento fitoterápico.

O estudo faz parte dos trabalhos da Rota da Biodiversidade no Amazonas, programa ligado às Rotas de Integração Nacional, do Ministério do Desenvolvimento Regional.

A ideia central é identificar quais são os insumos e as viabilidades necessárias para que as plantas medicinais sejam ofertadas na rede pública de saúde.

O comitê, integra entidades de pesquisa como: Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia (Inpa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Empresa Brasileira de Agropecuária (Emprapa), Redesfito da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Centro de Referências em Tecnologias Inovadoras (Certi), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre outras instituições.

“A Rota da Biodiversidade tem como finalidade, fomentar as cadeias produtivas do estado e está inserida no conjunto de políticas públicas do Biopolis Amazonas, o qual consiste em um programa estruturante que visa, sobretudo, ter no conhecimento da natureza a sua matriz de desenvolvimento econômico”, destacou a secretária executiva da Secti, Tatiana Schor.

Alex Christian Kamber, especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério do Desenvolvimento Regional, enfatizou o trabalho que vem sendo realizado pelo Comitê Gestor no Amazonas e ressaltou a importância do programa do Governo Federal.

“A Rota da Biodiversidade é uma iniciativa que tem como objetivo promover o desenvolvimento regional sustentável e a inclusão produtiva por meio da estruturação da cadeia de valor de produtos da biodiversidade, que inclui fitoterápicos, fitofármacos e biocosméticos, entre outros. O polo no Amazonas está bem empenhado no projeto”, enfatizou Kamber.

A pesquisadora Fabiana Frickmann, do Departamento da Biotecnologia da Ufam, destaca que o Comitê Gestor da Rota da Biodiversidade vem desenvolvendo um excelente trabalho com ineditismo no que compete aos estudos em cooperação técnica, que tem por objetivo organizar e dinamizar a cadeia produtiva de fitoterápicos.

“ E o benefício maior disso será inserir, em curto prazo, os medicamentos da biodiversidade amazônica no SUS, auxiliando o desenvolvimento da cadeia de fitoterápicos do Amazonas”, apontou Frickmann.

A próxima fase do trabalho do comitê da “Rota da Biodiversidade” será a consolidação de projetos, além da avaliação de viabilidade dos insumos.

“Ainda é cedo para dizer quais serão os fitoterápicos a serem escolhidos. Ainda estamos fazendo as pesquisas e juntando a capacidade intelectual e produtiva do estado para identificar esses produtos. Mas, com certeza, deverá ser aquele que está mais encaminhado, com segurança e eficácia comprovadas e regulados pela Anvisa”, revelou a cientista.

Ao todo, o programa Rotas de Integração Nacional do Governo Federal reúne 42 unidades instaladas em todas as regiões do Brasil.

São dez tipos de rotas em atuação: do Açaí; da Biodiversidade; do Cacau; do Cordeiro; da Economia Circular; da Fruticultura; do Leite; do Mel; do Peixe; e da Tecnologia da Informação e Comunicação.

O objetivo apontado pelo MDR é que as rotas levem desenvolvimento às localidades que mais precisam e possam fomentar a integração regional.

De forma que permita que produtores de várias cidades próximas possam se unir para produzir mais e com qualidade, aproveitando a vocação de cada lugar, fortalecendo a cadeia produtiva e agregando valor aos produtos.


  • Fonte: Secom.
  • Imagem: Secom / Divulgação.

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