Nos últimos anos, a fome no Estado do Amazonas continua aumentando, segundo a pesquisadora Ester Mourão Corrêa, conforme a sua pesquisa de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Faculdade de Saúde Pública/USP.
A pesquisadora indaga como entender a situação de fome em uma região rica em alimentos nutritivos, como castanha do Brasil, pupunha, tucumã, açaí, diversidade de peixes, dentre outros alimentos ricos em proteínas, vitaminas e minerais. Parece que esta é uma triste realidade no Amazonas.
A pesquida de doutorado sobre “Vigilância Epidemiológica da Desnutrição infantil na Região Norte” aponta que, em 2017, 32.147 mil crianças acompanhadas pela Atenção Básica de Saúde, estavam com desnutrição crônica (baixa estatura para idade), em 2008 o número de crianças desnutridas era de 12. 204 casos notificados.
A desnutrição crônica aumenta o risco de pneumonia, diarreia, coronavírus, mortalidade na infância e comprometimento do desenvolvimento cognitivo das crianças. As consequências impactam na saúde da criança a curto, médio e longo prazo.
Contudo, o Brasil, nos últimos dez anos, reduziu a desnutrição crônica infantil. Evidências científicas mostram que o aumento no poder aquisitivo, escolaridade materna, acesso aos serviços de saúde e saneamento básico podem contribuir para redução da desnutrição infantil. Assim como a realização do pré-natal, o incentivo ao aleitamento materno e à introdução de alimentação através de alimentos saudáveis após os seis meses de vida.
Abaixo, temos o cenário da desnutrição infantil por Regional de Saúde. Estas informações devem nortear ações no âmbito social, econômico e político.
Maiores informações:Ester Mourão ([email protected]). Doutora em Ciências da Saúde
Nutricionista e Consultora Técnica COSEMS AM.
- Tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação Nutrição em Saúde Pública, Faculdade de Saúde Pública USP.
