Durante o domingo, a assistente social, Lucivane Alves Pereira (40), recebeu alta médica do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, após 26 dias de internação em estado crítico.
“Tenho mais é que agradecer pelas orações que estavam fazendo, foi um momento realmente difícil porque tudo aconteceu muito rápido”, declarou Lucivane.
Antes de ser internada, ela estava em isolamento domiciliar apenas com sintomas leves da doença. No dia 1º de abril, já com sinais acentuados de dificuldade respiratória, Lucivane decidiu procurar o SPA do Coroado, que é uma das portas de entrada da rede estadual de saúde para casos suspeitos de Covid-19. Na unidade, o médico constatou a necessidade de internação e a assistente social foi encaminhada para o Delphina Aziz, o hospital de referência para casos graves.
Lucivane passou 15 dias na UTI, período em que recebeu o diagnóstico positivo para Covid-19, e ainda enfrentou uma infecção bacteriana no pulmão que comprometeu severamente os seus rins e o fígado, deixando a paciente com apenas 20% da função respiratória.
Com o acompanhamento médico e ajustes no protocolo de tratamento, ela foi se recuperando aos poucos, até receber alta da UTI e ser transferida para o leito clínico. Na enfermaria, ainda bastante debilitada, Lucivane também desenvolveu depressão e passou a ser acompanhada pela equipe psicossocial do Delphina Aziz.
“Uma das coisas mais difíceis foi a falta de contato com a família. O processo de tratamento realmente é lento, a gente que está lá entra em desespero. Mas só tenho a agradecer por estar em casa com vida”, afirmou Lucivane.
O marido dela, Silvio Pereira, agradeceu e parabenizou a equipe que cuidou da esposa no Delphina Aziz.
“Ela foi muito bem atendida por todos. Se não tivesse sido eles, ela não estaria aqui, porque o caso era gravíssimo. O Estado está de parabéns pela assistência”, declarou.
Assim que notou os primeiros sintomas de Covid-19, Lucivane Pereira procurou se isolar da família dentro de casa. A ausência de contato foi decisiva para que o marido, que é do grupo de risco, e os filhos, um de 17 anos e outro de 6, não contraíssem a doença também.
“Ficar em casa é uma prevenção que todos necessitamos hoje. Só as pessoas que já passaram por esse processo é que sabem realmente o quanto essa doença é traiçoeira. É uma doença que você não vê e sente aos poucos, então espero que a população acredite que ela existe e mata. A melhor forma de se prevenir é ficando em casa cuidando da sua família”, alertou.
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