A expectativa pelo depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, marcado para este sábado, 2, levou muitos manifestantes a favor de Moro e do presidente Jair Bolsonaro a se concentrarem neste momento em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde o início da manhã de hoje.
Um princípio de tumulto ocorreu entre os dois grupos com gritos e aglomeração, mas a Polícia Militar (PM) agiu rápido e conteve a situação.
O ex-ministro Moro deve depor aos delegados sobre as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a familiares. As acusações foram feitas no momento em que ele anunciou sua saída do governo, há uma semana.
O Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o inquérito e vai investigar se as acusações de Moro são verdadeiras. Se não forem, o ex-ministro poderá responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra. O depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello, que está no comando da investigação.
Mensagens trocadas
Mensagens trocadas pelo ex-ministro e reveladas pelo Jornal Nacional mostram que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) tentou convencer Moro a permanecer no cargo, em meio à polêmica envolvendo a troca de comando da Polícia Federal.
Carla Zambelli se ofereceu para tentar convencer o presidente da República a indicá-lo para uma vaga de ministro do STF. Moro deixou o governo após Bolsonaro ter demitido o delegado Maurício Valeixo do comando da PF.
O pedido de redução do prazo para que Moro fosse ouvido foi enviado ao STF na tarde da última quinta-feira (30) por três parlamentares: o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).
“A gravidade das acusações dirigidas ao presidente da República, em nosso entendimento, somada à grave crise política pela qual atravessa o país, leva a crer que o prazo de 60 (sessenta) dias para a realização da diligência em tela pode se demonstrar excessivo, mormente porque o prolongamento da crise política resulta em prejuízos para o combate às concomitantes crises na Saúde e na Economia. Nesse sentido, a elasticidade do prazo concedido pode redundar em iminente risco de perecimento das provas”, afirmaram os congressistas.
- Fonte: G1
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