O governador do Amazonas, Wilson Lima, inaugurou, nesta terça-feira (12/05), o projeto “Costurando a Esperança, Protegendo vidas”, que garantirá renda para pelo menos 200 costureiras desempregadas e vai distribuir 1 milhão de máscaras para a população em situação de vulnerabilidade social em Manaus e Região Metropolitana.
A iniciativa acontece por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), com o objetivo de diminuir o contágio pelo novo coronavírus em áreas de periferia e comunidades com índice de vulnerabilidade altos.
O lançamento do projeto ocorreu na sede do Clube de Mães Nossa Senhora Aparecida, em Manaus. “Nós estamos comprando um milhão de máscaras desse grupo de mães que vivem na zona sul. Aqui tem 100 costureiras, que vão se revezando para evitar aglomerações, e há também costureiras em outras zonas da cidade, que também estão fabricando essas máscaras. É uma maneira de a gente garantir renda para essas pessoas. Inclusive, boa parte delas foram capacitadas pelo Cetam (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas), algumas estavam desempregadas, algumas estavam antes em outras atividades, e hoje encontram uma possibilidade aqui de ter uma atividade econômica.”, afirmou o governador Wilson Lima.
O Clube contratou costureiras que fazem parte de cooperativas de Manaus e também autônomas. As máscaras serão distribuídas para a população em situação de vulnerabilidade social, servidores públicos e instituições que atuam com pessoas em situação de risco como mulheres, idosos, crianças e adolescentes, Pessoas com Deficiência (PcDs), população em situação de rua e o público LGBT.
O objetivo da ação é, além de diminuir o risco do contágio pelo novo coronavírus, também promover renda para costureiras que estavam com suas atividades paradas em razão da pandemia. Segundo a secretária Caroline Braz, titular da Sejusc, a ação do Governo do Amazonas garantirá proteção para quem mais precisa.
“Essas máscaras serão distribuídas em todas as zonas da cidade, em vários órgãos públicos, que também farão essa distribuição, porque o que nós queremos é alcançar o maior número possível de pessoas para que todos estejam protegidos e para que todos se protejam do coronavírus. É importante destacar que as áreas de maior concentração da cidade, zona norte e zona leste, serão as áreas mais atendidas, porque são onde as pessoas mais precisam se proteger e onde muitas pessoas não têm condições de adquirir esses materiais”, destacou a secretária.
Os Equipamentos de Produção Individual (EPIs) serão produzidos respeitando as especificações de máscara caseira recomendadas pelo Ministério da Saúde e organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As máscaras serão produzidas no período de três meses, sendo 50 mil entregues por semana. As peças produzidas serão embaladas em sacos plásticos lacrados e entregues para as instituições que a Sejusc possui cadastradas no seu banco de dados.
Oportunidade – Dona Marilane Colares, de 43 anos, é estudante de Enfermagem e estava sem renda por conta da crise da Covid-19. Com um certificado do curso de Corte e Costura pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), ela foi chamada para o projeto “Costurando a Esperança”.
“Eu trabalhava como manicure, e como fecharam os salões, aí ele me chamou. Eu já tinha feito esse curso no Cetam em 2016, por aí. Ele [coordenador do Clube] me chamou e eu vim costurar, porque eu estava desempregada, e também serviu de renda para a minha família, que estava passando por necessidade. E fico mais satisfeita porque, através do meu trabalho, estou beneficiando muitas pessoas a se proteger dessa epidemia. Eu fico muito lisonjeada de estar aqui hoje”, disse.
- Imagem/Fonte: Diego Peres e Rell Santos/Secom