Brasil registra mais de 514.849 casos de covid-19, com o número de mortes de 29.314.
O Brasil fica apenas atrás dos Estados Unidos em termo de número de casos de coronavírus.
De acordo com o balanço, existem 514.849 pessoas infectadas com a Covid-19 no país, que ocupa a segunda posição no ranking de nações com mais casos em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (mais de 1,7 milhão), conforme levantamento da Universidade Johns Hopkins.(ANSA)
O dia 1º de Junho marca a retomada gradual do comércio em vários estados do Brasil. Apesar do crescimento sobre os números de casos, os planos de retomada e flexibilização nas ações de isolamento estão sendo colocado em prática.
Em pouco mais de dois meses de pandemia, o país acumula mais mortes por Covid-19 do que a população de cada uma de 4.401 cidades brasileiras. Se o ritmo dos últimos 10 dias se mantiver, a próxima semana marcará, logo no início, o registro de 30 mil vítimas.
Com uma taxa média de 978 novos óbitos divulgados diariamente desde 19 de maio, os dados apontam que o país está longe de atingir o pico da pandemia. E ainda há chance de haver subnotificação das mortes.
No início da semana, a Organização Mundial da Saúde classificou a América do Sul como novo epicentro da covid-19, e o Brasil lidera esse pelotão.
Segundo estimativas do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde, da Universidade de Washington, que assessora a Organização Pan Americana de Saúde, o Brasil deve chegar a 75 mil mortes em 1º de julho – superior ao total de vítimas da violência nos últimos anos – e ultrapassar 121 mil em 1º de agosto, se o atual ritmo persistir.
No entanto, essa exposição tem um preço. Manaus se tornou um dos lugares mais críticos do país, porque a oferta de UTIs e serviços de saúde no Estado do Amazonas é praticamente disponível apenas na capital. O Pará tem a maior taxa de circulação do vírus. O Nordeste é outra região amplamente infectada. Em Fortaleza, inicialmente o vírus contagiou moradores dos bairros mais nobres, hoje já se espalha pela população mais pobre, sobrecarregando hospitais públicos.
O Amazonas foi o primeiro a entrar no caos, na expectativa de ser o primeiro a sair.
Professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e membro do grupo de pesquisadores que está desenvolvendo o projeto Atlas Covid-19, Henrique dos Santos Pereira, explica que o número de óbitos pela doença em Manaus tem caído sistematicamente nas últimas semanas, embora o número de casos confirmados continue aumentando. Esses dados colocam em dúvida a retomada das atividades econômicas na cidade, prevista para os primeiros dias de junho.
– Manaus é o epicentro da pandemia no estado, é também a casa de 50% da população e quase 90% da economia. Há muita atenção aqui, é a única cidade do Amazonas com leitos de UTI. No momento há grande apreensão sobre a próxima semana. Essa redução das mortes em maio é resultado do que foi feito lá em abril. A doença demora 22 dias para matar. O que eu estou vendo hoje significa o que aconteceu entre 15 e 22 dias atrás. Se liberar na semana que vem, só vou saber no fim de junho o impacto – avalia o pesquisador.
- Fonte: NSC Total
- Imagem: Divulgação