quinta-feira, julho 4, 2024

Pesquisa – Para Ufam Manaus será a primeira cidade do Brasil a vencer o coronavírus.

Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) afirma que Manaus será a primeira cidade do Brasil a vencer o combate contra o novo coronavírus e não terá uma segunda onda de casos graves e mortes. Os dados foram divulgados no 10º Boletim Atlas ODS Amazonas edição de maio elaborado pelo pesquisador José Henrique dos Santos que coordena os estudos.

Na avaliação do pesquisador, mesmo com o número expressivo de novos casos (uma média superior a mil por dia), a curva de óbitos vem caindo gradativamente e deve se estabilizar por volta do dia 17 de junho.

De acordo com os pesquisadores da Ufam, após provocar alta letalidade, o vírus acabou evoluindo, apresentando nos hospedeiros (pessoas) sintomas mais brandos de formar de continuar reproduzindo e infectando mais pessoas, mas agora de forma menos letal. Isso justifica também a drástica redução no número de novas internações nos hospitais.

O estudo que tem como título: “De Epicentro a Redenção”, mesmo com a reabertura do comércio no dia 1º de junho, Manaus não terá uma explosão de casos.

“A aceleração observada nos últimos dias não indica uma trajetória ascendente que venha a resultar em novo pico da pandemia em Manaus. Vale ressaltar que, apesar da retomada de muitas dessas atividades, a população de Manaus ainda apresenta níveis de exposição inferiores a períodos anteriores à pandemia, o que, certamente, segue contribuindo para a diminuição da velocidade de casos e de óbitos”, diz trecho do boletim.

A pesquisa aponta ainda que a melhora das respostas do sistema de saúde, poderia explicar a redução na velocidade de mortes.

“Essas melhorias decorreriam de vários fatores como, por exemplo, a ampliação na oferta de leitos de UTI e também o aperfeiçoamento das condutas médicas no tratamento dos casos graves. No entanto, isso seria de fato algo significativo se não tivesse ocorrido, ao mesmo tempo, uma redução no número de internações, como de fato observado”, diz a pesquisa.

As projeções de casos de óbitos da pesquisa realizada por Henrique dos Santos Pereira, Danilo Egle Santos Barbosa e Bruno Cordeiro Lorenzi,  apontam que o número de casos continuará aumentando mesmo quando a curva de óbitos já estiver praticamente estagnada, o que poderá ocorrer por volta de 17 de junho.

“Essa defasagem entre óbitos e novos casos pode estar relacionada a vários fatores e que estão associados às respostas da população hospedeira à interação com o novo parasita em termos de prevenção, resistência e tolerância”, explicam.

Trecho do boletim aponta que os pesquisadores preveem que a última fase da pandemia está próxima de acontecer em Manaus.

“Em suma, talvez exatamente por ter sofrido as maiores taxas de letalidade e mortalidade do país, observa-se que em Manaus, a redução da velocidade de óbitos ocorreu antes e mais rapidamente que a de casos. Na última fase da pandemia que parece estar por acontecer em Manaus, deverá ocorrer uma redução lenta da morbidade após essa a redução drástica da mortalidade, isso porque a transmissão da doença deverá finalmente perder velocidade até que novas estirpes do vírus surjam ou haja o aumento de suscetíveis caso a imunidade seja temporária”, finalizam.


  • Fonte: Portal O Poder
  • Imagem: Divulgação

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