O policial aposentado e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia, no apartamento do advogado de Flávio Bolsonaro.
Queiroz é investigado no suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, os mandados de busca e apreensão foram realizados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo a pedido da Justiça do Rio.
Queiroz trabalhou por mais de dez anos no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, onde passou a ser conhecido depois que um relatório do Controle de Atividades Financeiras do final de 2018, apontou movimentação de 1,2 milhão de reais, entre repasses recebidos e enviados, em suas contas ao longo de um ano, valor que as autoridades consideraram incompatíveis com sua renda e atividade.
Chegando a consideração que seria atípico o fato de Queiroz ter recebido depósitos de outros servidores do gabinete, o que indica a prática de rachadinha —quando funcionários públicos são obrigados a transferir parte de seus salários a parlamentares que os contrataram ou a seus aliados.
As suspeitas contra Queiroz levaram a Promotoria a abrir investigação contra Flávio Bolsonaro por suspeita de lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público, mas o caso foi suspenso pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ao considerar que houve quebra de sigilo no compartilhamento irregular pelo Coaf de informações financeiras do parlamentar.
Essa decisão acabou por congelar mais de 900 apurações semelhantes. No final de novembro, no entanto, o plenário da Corte decidiu que esse tipo de procedimento é legal, e a investigação contra o senador foi retomada.