A possibilidade de a capital amazonense passar por um novo pico de Covid-19 nos próximos meses, como ocorreu entre os dias 19 de abril e 2 de maio deste ano, é zero, de acordo com avaliação feita pelos membros da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Manaus (Comsau).
A tese é defendida com base na curva decrescente no número de casos e de óbitos recentes, divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/AM), e pela quantidade de pacientes já imunizados, levando em conta a imunidade cruzada junto a outros coronavírus.
A Comsau tem como competência, tratar de proposições relativas à saúde pública, que englobam, entre outras questões, o controle de endemias e epidemias. Em relação ao novo coronavírus, a orientação nesse momento é que as pessoas evitem aglomerações e mantenham os cuidados de lavagem das mãos, uso de álcool em gel e máscaras, além do distanciamento social.
Nesta quinta-feira (2), o parlamentar disse que o foco precisa ser a prevenção, para que Manaus não caia no mesmo erro de outras cidades e até países, que reabriram escolas, por exemplo, mas tiveram de mandar os alunos novamente para casa, por conta do relaxamento e, consequentemente, do surgimento de um novo surto da Covid-19.
Mesmo contrária à ideia de um novo pico da doença, a Comissão luta contra um possível “relaxamento” dos manauaras, por considerar que o contágio do vírus diminuiu, mas não acabou.
“Pelo que a gente vê no mundo todo, o pessoal relaxou. Todos estão preocupados porque ainda não há vacina. Nós, da áre de saúde na Câmara, participamos da prevenção, ao lado presidente Joelson Silva, tomando as medidas necessárias para evitar a propagação do vírus. Temos diversos projetos voltados para essa prevenção, elaborados por vários vereadores, e precisamos estar alinhados com órgãos como Semsa, Dvisa e Procon, para identificar e fazer uma varredura na cidade, para ver quem está adequado ou não às normas estabelecidas”, disse Isaac Tayah.
Ao contrário das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, o vírus já circulou muito fortemente em Manaus, Belém, Macapá e Boa Vista, por isso, a tendência é que, nesses locais, as curvas despenquem gradativamente, segundo o presidente da Comissão de Saúde da CMM, vereador Marcelo Serafim (PSB). De abril até o início de junho, Manaus não achatou em nenhum momento, na curva, segundo o presidente, ao contrário de outras capitais brasileiras.
“Na primeira semana de abril foram registrados 137 óbitos, em média, enquanto que, na semana passada, o número ficou em trinta sepultamentos. A queda também é atribuída ao número de pacientes internados nos hospitais. Quando a gente compara o dia primeiro de junho, período em que começaram os ciclos de reabertura gradual das atividades, com o dia 1º de julho, a gente tem menos de 50% do número de pacientes internados nos dias de hoje. Era quase um mil, quando começou a reabrir o comércio, e agora temos 466”, comparou.
- Fonte: Dircom/CMM.
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