O boletim Infogripe, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica que Rio de Janeiro, Amapá, Maranhão e Ceará podem apresentar uma “segunda onda” da doença, com tendência de retomada do crescimento no número de novos casos semanais, após período de queda.
De acordo com o boletim, a tendência de crescimento é maior nos estados de Amapá e Rio de Janeiro. As cidades de Macapá, Rio de Janeiro e São Luís mostram sinais de crescimento da doença. Já Fortaleza apresenta sinal de estabilização de covid-19, com uma possível retomada de crescimento lento.
O InfoGripe indica estabilização no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, após a retomada do crescimento observado em junho. Os valores semanais, no entanto, ainda estão muito acima do nível de casos considerados “muito alto”.
O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alertou que o cenário nacional atual sugere que os casos notificados de SRAG, independentemente de presença de febre, mostram tendência de crescimento, com ocorrência de casos semanais muito alta.
Ele explicou ainda que “o estado do Paraná, com sinal de estabilização após período de crescimento, apresenta sinal fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação. Amazonas, Roraima e Pará mostram estabilização após período de queda. Apresentam tendência de queda, após período de estabilização, Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal. “Em Minas Gerais e Distrito Federal, o sinal ainda é fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação”, observou Marcelo Gomes.
Em Amazonas, Roraima e Pará, que apresentavam sinal de queda nos boletins anteriores, foi observada possível estabilização. Nesses estados, a mesma tendência se observa na capital, sendo que no Pará há indício de possível retomada do crescimento em Belém. Já Pernambuco e Espírito Santo voltaram a apresentar a tendência de queda. Já no Recife há ainda sinal de possível estabilização, enquanto em Vitória se mantém o sinal de queda.
Marcelo Gomes explicou ainda a importância que os dados apresentados pelo InfoGripe sejam utilizados em combinação com demais indicadores relevantes – como a taxa de ocupação de leitos das respectivas regionais de saúde, por exemplo.
“Além disso, acrescentou o pesquisador, como a situação nas regiões e estados é bastante heterogênea, o dado nacional não é um bom indicador para definição de ações locais”, disse o coordenador do InfoGripe.
Estabilização: | Manaus, Palmas e Rio Branco |
Possível retomada de crescimento: | Belém, Fortaleza, Macapá, São Luís e Rio de Janeiro |
Crescimento: | Distrito Federal, Florianópolis e Porto Velho |
Queda com possível estabilização: | Boa Vista |
Queda: | Cuiabá, Goiânia, João Pessoa, Salvador, Teresina e Vitória |
Possível início de queda: | Belo Horizonte, Campo Grande e Curitiba |
Possível estabilização: | Recife |
Estabilização com possível início de queda: | Aracaju |
Estabilização com possível retomada de queda: | São Paulo |
Possível início de estabilização: | Porto Alegre |
Retomada de crescimento: | Maceió |
Queda com possível início de estabilização: | Natal |
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- Fonte: Fiocruz.
- Imagem: Divulgação.