sábado, outubro 5, 2024

Política – Senador pego com R$ 30 mil escondidos na cueca, é exonerado do cargo.

Após ser pego com mais de R$ 30 mil escondidos na cueca na última quarta-feira (14), o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) deixou o cargo de vice-líder do governo. A exoneração do parlamentar foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Conforme informado no documento, o senador pediu para sair do posto após o mal-estar gerado no Planalto.

“Nos termos do art. 66-A do Regimento Interno dessa Casa do Congresso Nacional, em atenção ao pedido do Senhor Senador Francisco de Assis Rodrigues, solicito providências para a sua dispensa da função de Vice-Líder do Governo no Senado Federal”, diz a mensagem do despacho.

Por meio de nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social também anunciou sua saída e apontou que “a ação da Polícia Federal e da CGU, respeitando os princípios constitucionais, é a comprovação da continuidade do Governo no combate à corrupção em todos os setores da sociedade brasileira, sem distinção ou privilégios”.

O senador Chico Rodrigues foi um dos alvos da operação Desvid19, deflagrada no dia de ontem (14), que tem o objetivo de apurar um esquema de desvio de verbas públicas destinadas ao combate à pandemia da covid-19 em Roraima. De acordo com as apurações da PF, foram desviados cerca de R$ 20 milhões em emendas parlamentares. Parte do dinheiro foi encontrado escondido em sua cueca e entre as nádegas.

Mais cedo, Bolsonaro comentou sobre a operação e declarou que o resultado da investigação é “fator de orgulho para o governo”.

Também foi afirmado pelo mandatário, que não há corrupção na atual composição do Executivo. O presidente destacou então, que o governo dele é formado apenas por ministros, estatais e bancos oficiais, e não conta com a participação de parlamentares.

“Alguns acham que toda a corrupção tem a ver com o governo. Não. Nós destinamos dezenas de bilhões de reais para estados e municípios, tem as emendas parlamentares também, e, de vez em quando, não é muito raro, a pessoa faz uma malversação desse recurso. Agora, a CGU está de olho, a nossa Polícia Federal está de olho e tomamos as decisões”, concluiu.

Hamilton Mourão, vice-presidente da república, também tratou de desvencilhar a imagem do governo da de Chico. Conforme o general, o senador seria uma “linha auxiliar do governo”, e não faz parte do quadro efetivo.

“Todos aqueles que estão dentro do Parlamento e que trabalham em favor do governo, ocupando cargos de vice-liderança e até mesmo fazendo parte da base, é uma linha auxiliar. Ele não é um membro do Executivo”, rebateu.

O vice-presidente ainda lamentou o ocorrido com o parlamentar e ressaltou que Bolsonaro não interfere nas investigações da Polícia Federal.

“Lamento pelo senador Chico Rodrigues. Sempre teve um bom relacionamento. Tem que terminar essa investigação obviamente. Agora, o segundo aspecto é aquela história de que o presidente tem interferência na PF. Ele não interfere em nada. Está aí a face mais clara disso aí. Independente da posição que a pessoa tem em relação ao governo, se está metida em alguma atividade ilícita, a Polícia Federal tem plena liberdade para agir. De resto, vamos aguardar”, disse a jornalistas no Palácio do Planalto.


  • Fonte: Correio Braziliense
  • Imagem: Divulgação

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