O governo francês impôs toque de recolher, enquanto isso, outros países europeus estão fechando escolas, cancelando cirurgias e alistando estudantes de medicina, à medida que as autoridades do continente enfrentam o pesadelo de uma nova onda de covid-19 com a chegada do inverno.
Por conta da média diária de novos casos girar em torno de 100 mil, a Europa ultrapassou por ampla margem os Estados Unidos, onde mais de 51 mil novas infecções por covid-19 são registradas em média todos os dias.
A maioria dos governos europeus aliviou as quarentenas durante o verão com o objetivo de restabelecer suas economias, que foram prejudicadas pela primeira onda da pandemia.
Contudo, o retorno às atividades normais, desde restaurantes lotados a semestres de aulas em universidades, alimentou um surto agudo de novos casos em todo o continente.
Os primeiros a serem fechados foram os bares e restaurantes ou a enfrentar horários reduzidos, de acordo com as novas medidas de lockdown. Porém, a escalada do número de novos casos também está testando as resoluções dos governos para manter o funcionamento das escolas e dos cuidados médicos não relacionados ao novo coronavírus.
Até o papa Francisco foi submetido às novas regras para conter o novo coronavírus, mantendo-se distante dos fiéis que acompanharam sua audiência semanal nessa quarta-feira (14).
Em Lisboa, torcedores não ficaram surpresos após o capitão da seleção portuguesa de futebol, Cristiano Ronaldo, testar positivo para o vírus, dizendo que isso apenas mostra que todos passam por risco de infecção, e atletas famosos não são exceção.
Foi decretado pela República Tcheca, que tem a pior taxa per capita de casos no continente, que as escolas devem funcionar apenas com o ensino a distância e agora avalia convocar milhares de estudantes de medicina. Hospitais também estão cancelando os procedimentos médicos eletivos para liberar mais leitos para o tratamento de pacientes com a doença.
“Às vezes, estamos à beira das lágrimas”, disse Lenka Krejcova, enfermeira-chefe do Hospital Slany, próximo a Praga, enquanto construtores trabalham com pressa para transformar a seção de atendimentos gerais em um departamento para o tratamento do vírus.
Está sendo intensificado pela Polônia, o treinamento para enfermeiras, além da avaliação de criação de hospitais militares de campanha. Moscou deve mandar mais alunos para o ensino online, e a Irlanda do Norte está fechando as escolas pelas próximas duas semanas e os restaurantes pelas próximas quatro.
- Fonte: O Diário
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