Morreu um voluntário brasileiro que participava do ensaio clínico da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. O caso foi comunicado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última segunda-feira (19) e divulgado nesta quarta-feira (21).
Até o momento não foram divulgados detalhes sobre a causa da morte do voluntário, nem se ela se relaciona à vacina. Tampouco se sabe se o voluntário teria recebido o imunizante ou o placebo. Através de nota, a Anvisa ressalta que recebeu informações referentes à investigação de um comitê internacional.
“É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.”
Conforme explicado pelo órgão, os dados precisam ser “mantidos em sigilo” para garantir os regulamentos internacionais. A Anvisa diz, no entanto, que “cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira”.
A vacina, chamada de ChAdOx1, está em testes no Brasil desde meados de julho, com o apoio de cerca de 10 mil pessoas, sendo que em torno de 8.000 já receberam pelo menos uma das duas doses.
No dia 6 de setembro, o estudo global chegou a ser interrompido, devido a uma reação adversa grave em uma voluntária no Reino Unido, mas foi retomado três dias depois no mundo todo, exceto nos Estados Unidos.
Em agosto, foi fechado um acordo de R$ 2 bilhões com a AstraZeneca, através do Ministério da Saúde, para a compra de doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. O objetivo é garantir cerca de 100 milhões de doses até a metade do ano que vem, plano que pode ser afetado se o estudo tiver outro atraso.
- Fonte: D24am
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