quinta-feira, julho 4, 2024

Manaus – “Operação Máfia de Caixões” – Prefeitura emite nota sobre esquema de propina na Semasc.

Na manhã desta terça-feira (03), foi deflagrada pela Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), a operação “Máfia de Caixões”, que investiga um esquema de propina para o fornecimento de caixões no serviço público.

O ex-diretor financeiro da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Maronilson Barros Monteiro, conhecido como “Mauro” foi alvo da operação que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em sua casa, na Colônia Japonesa, Zona Norte de Manaus. Ele é investigado por corrupção passiva.

De acordo com o delegado Guilherme Torres, titular da Deccor, Mauro utilizava-se da função que exercia e fazia cobranças indevidas de valores a empresários que forneciam urnas para a respectiva secretaria. Ele informou que o suspeito atuou nesse esquema de corrupção desde o ano de 2017.

“Essa operação teve início após uma solicitação que veio do Ministério Público para investigar um esquema de cobrança de propina dentro de uma secretaria que fornecia urnas do projeto SOS Funeral. Os serviços são para pessoas de baixa renda que necessitam”, disse.

Foi ressaltado pelo delegado que essa foi a primeira fase da operação, que cumpriu quatro mandados de buscas e apreensões para que pudesse ser colhido materiais que ajudem a polícia em um outro desdobramento.

Conforme informado pela polícia, foram identificadas duas empresas nesse esquema criminoso. Um dos empresários relatou para o delegado que chegou a pagar R$ 100 mil para Maronilson.

“Eles atuavam da seguinte maneira: as pessoas de baixa renda que precisavam do serviço funeral, a Prefeitura tinha que oferecer essas urnas, mas, em um determinado momento, os empresários forneciam, faziam a emissão de uma nota no valor X e, em cima dessa nota, o ex-diretor é suspeito de solicitar de 10 a 20%, se não, o serviço parava”, explicou.

O delegado afirmou que Mauro será ouvido pela polícia e autuado pelo crime de corrupção passiva. Outras pessoas também devem ser ouvidas na delegacia.

“Por enquanto identificamos duas empresas que participavam desse esquema. Vamos esperar as análises nos eletrônicos apreendidos para poder vincular outras pessoas nesse grupo criminoso”, pontuou o delegado.

Confira a nota da Prefeitura de Manaus:

Em maio deste ano, quando houve a denúncia do suposto envolvimento do ex-servidor em ação de recebimento ilegal de dinheiro, a Semasc encaminhou ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) dados sobre processos licitatórios, contratos e operacionalização do serviço SOS Funeral, destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica que não podem arcar com as custas do sepultamento.

É importante destacar que os contratos são estimativos, ou seja, as urnas são solicitadas conforme a demanda do serviço, sendo pago aquilo que foi efetivamente entregue, nos valores unitários previamente licitados e que sequer podem ser alterados por mera liberalidade do gestor. Vale ressaltar, ainda, que cada tamanho de urna licitado possui um valor diferenciado e previamente estabelecido.

Por fim, a Prefeitura de Manaus reforça o compromisso de se preservar a idoneidade do serviço público, se colocando à disposição dos órgãos de controle para os esclarecimentos devidos.

  • Fonte: Em Tempo
  • Imagem: Divulgação

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