Nesta quinta-feira (05), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que irá trabalhar no Congresso para que o Brasil volte a ter o voto impresso em 2022, ano de eleições presidenciais.
Bolsonaro disse em live nas redes sociais, sem citar os Estados Unidos, que é preciso ver o que “acontece em outros países e buscar um sistema confiável”.
Para o sistema de votação, o Brasil utiliza urnas eletrônicas e o resultado sai em poucas horas, além de ter uma Justiça Eleitoral com uma diretriz única para todo o País. Já nos Estados Unidos, a votação é realizada através de cédula e os votos podem ser enviados pelos correios. Por conta disso, a apuração pode levar dias e as regras de apuração dos votos são diferentes em cada estado.
“Já está bastante avançado o estudo, a gente espera o ano que vem entrar, mergulhar na Câmara e no Senado para que a gente possa realmente ter um sistema eleitoral confiável em 2022”, disse Bolsonaro.
O presidente afirmou que a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), possui uma Proposta de Emenda À Constituição (PEC) podendo mudar o sistema de urnas eletrônicas. O texto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em setembro deste ano, que é inconstitucional a adoção do voto impresso, ao concluir que a medida viola o sigilo e a liberdade do voto.
De acordo com as projeções realizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao mudar o sistema das eleições brasileiras e implementar a impressão dos votos, o custo seria de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos ao longo de dez anos.
O TSE realizou a estimativa dos custos após o Congresso aprovar um projeto, em 2015, que previa a impressão de um comprovante físico dos votos nas urnas eletrônicas. Para isso, seria necessária a troca dos atuais equipamentos por modelos com impressoras acopladas, gerando mais custos para o processo eleitoral.
- Fonte: Terra
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