segunda-feira, novembro 25, 2024

Política – Conheça Kamala Harris, a primeira mulher eleita vice-presidente dos Estados Unidos.

Kamala Harris, de 56 anos, será a primeira vice-presidente mulher dos Estados Unidos. A senadora democrata da Califórnia é filha de pais imigrantes -mãe indiana-americana e pai jamaicano-, além disso, também será a primeira vice-presidente negra do país e a primeira descendente de indianos.

Harris é famosa por suas perguntas certeiras nas comissões do Senado, uma de suas prioridades é realizar a reforma na Justiça criminal dos EUA. Ela foi apenas a quarta mulher a integrar uma chapa presidencial de um grande partido nos Estados Unidos, e a única negra a realizá-lo.

“Tenho a grande honra de anunciar que escolhi Kamala Harris – uma destemida lutadora em favor das pessoas comuns e uma das melhores servidoras públicas do país – como minha companheira de chapa”, anunciou Biden pelo Twitter, na época.

Foi afirmado por Joe Biden que quando Harris foi procuradora-geral da Califórnia, “enfrentou os grandes bancos, ergueu o povo trabalhador e protegeu mulheres e crianças do abuso. Tive orgulho na época e tenho orgulho agora em tê-la como minha parceira nesta campanha”.

Havia um grande questionamento que, em virtude de sua origem ser mista, isso pudesse ser um obstáculo para ela se identificar com eleitores negros. Porém, harris afirmou que políticos não devem ser estereotipados por sua cor ou ascendência.

“Eu sou quem eu sou. Estou de bem com isso. Você talvez tenha que entender isso melhor, mas eu estou bem com isso.”

Ela cursou a universidade Howard, a mais prestigiosa entre as universidades dedicadas a estudantes negros nos EUA, em Washington, D.C. Após isso, Harris estudou Direito na Universidade da Califórnia em Hastings e iniciou sua carreira na Promotoria do condado de Alameda. Em 2003 ela se tornou promotora-chefe em San Francisco, antes de ser eleita a primeira negra procuradora-geral da Califórnia.

A futura vice-presidente ganhou reputação como estrela ascendente do Partido Democrata, até ser eleita ao Senado americano em 2017.

Houve entusiasmo entre progressistas com o anúncio de sua candidatura presidencial. Porém, Harris passou a sofrer fortes críticas por não trazer respostas claras a problemas amplos e cruciais, como saúde. Além disso, não conseguiu capitalizar em cima de um ponto-chave: sua boa performance em debates, que comumente colocavam Biden na linha de ataque.

A vice candidata à presidência dos EUA sofreu críticas de progressistas por não ser progressista o bastante em temas-chave como reforma policial, combate às drogas e condenações judiciais equivocadas, apesar de possuir ideais mais à esquerda em questões como casamento homossexual e pena de morte. Esses temas têm sido motivo de amplas discussões em meio aos debates antirracismo ocorridos nos EUA.

Foi apurado que Do seu histórico em 2004, por exemplo, ela se apôs à redução das penas mínimas. Outro caso trazido à tona foi quando ela se absteve de se posicionar sobre um projeto de lei que determinaria investigações independentes de casos envolvendo “uso de força letal” por parte da polícia. Isso é importante por conta da polícia estadunidense matar pessoas das comunidades negras e latinas desproporcionalmente.

No período de campanha, Harris defendeu mudanças em práticas policiais e pediu pela prisão dos policiais que mataram Breonna Taylor, mulher negra de 26 anos morta pela polícia em sua casa e um dos símbolos dos protestos Black Lives Matter (“Vidas negras importam”).

Também foi abordado por Harris, a necessidade de desconstruir o racismo estrutural no país. Porém, relacionado à reforma policial, há divergências. Biden se opõe ao argumento de que a polícia deve ter seus orçamentos cortados, já Harris pede uma “reimaginação” da segurança pública.

Por várias vezes, ela afirmou que sua identidade a torna unicamente apta a representar os cidadãos marginalizados.


  • Fonte: Terra
  • Imagem: Divulgação

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