Nesta sexta-feira (27), foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), mostrando que o desemprego no Brasil é de 14,6%, afetando 14,1 milhões de pessoas.
Os 14,6% mostram um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao 2º trimestre (13,3%), e de 2,8 pontos percentuais comparado ao mesmo período em 2019 (11,8%).
“Essa é a maior taxa registrada na série histórica do IBGE, iniciada em 2012, e corresponde a 14,1 milhões de pessoas. Ou seja, mais 1,3 milhão de desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no país”, informou o IBGE.
Desde o mês de julho, a taxa de desemprego no Brasil vem renovando recordes em meio à tentativa de volta ao mercado de trabalho daqueles que perderam seu sustento na pandemia porém não estavam procurando um emprego.
Conforme informado pela analista da pesquisa, Adriana Beringuy, a flexibilização das medidas de isolamento social influenciou no aumento do índice de desemprego no país.
“Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação”, afirma.
Nós últimos três meses, a população ocupada no Brasil encolheu 1,1%, sendo 82,5 milhões, alcançando o patamar mais baixo da série histórica.
Em 12 meses, o país perdeu 11,3 milhões de postos de trabalho, em todas as formas de atuação no mercado de trabalho.
A taxa de desemprego subiu em dez estados e ficou estável nos demais. As maiores taxas foram na Bahia (20,7%), em Sergipe (20,3%) e em Alagoas (20,0%). Já a menor foi registrada em Santa Catarina (6,6%).
Analistas avaliam que a taxa de desemprego deve continuar subindo nos próximos meses, considerando o fim dos programas de auxílio, as incertezas sobre a evolução da pandemia e o andamento de medidas de ajuste fiscal para garantir a sustentabilidade das contas públicas.
- Fonte: G1
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