O senador Plínio Valério (PSDB) está a frente do projeto sobre a implementação do voto impresso para confirmar os números do sistema eletrônico. Em vista do tema, a bancada do Amazonas na Câmara dos Deputados parece inclinada a dar apoio ao projeto.
A votação brasileira mediante sistema eletrônico vem gerando desconfiança sobre os resultados das eleições. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) citou possível fraude no pleito em que foi eleito e voltou a apoiar o sistema híbrido.
Recentemente, o assunto vem sido debatido nacionalmente após os ataques hackers a sistemas públicos e o atraso na apuração dos votos durante o primeiro turno da eleição no último dia 15 de novembro.
No segundo turno das eleições municipais (29), o presidente Bolsonaro voltou a defender a impressão do voto, declarada inconstitucional pelo Supremo e repudiada pelo TSE.
“Não podemos continuar votando e não tendo a certeza se aquele voto foi ou não para aquela pessoa. E lembrando, o voto impresso ninguém bota a mão no papel. Fica atrás no visor, ele concorda depois de imprimido e cai dentro de uma urna”, afirmou.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), a medida foi julgada inconstitucional, sob o argumento de que a regra poderia comprometer o sigilo e a liberdade do voto.
Senador pelo Amazonas, Plínio Valério (PSDB) anunciou no dia 25 de novembro que irá colher assinaturas de apoio a uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a possibilidade de o eleitor conferir em quem votou.
“O que a gente quer? O eleitor vota e, na mesma hora, ele aperta uma tecla que vai mostrar em quem ele votou, no voto impresso. Até ser for muito caro, muito difícil, ele não vai levar o comprovante. O ideal seria, mas ele vai ver como votou. Quem é contra isso?”
O intuito é dar mais transparência ao processo eleitoral e evitar retrocessos na democracia, informou o senador.
“Ao invés de apresentar uma proposta que iria começar a tramitar da estaca zero no Senado, apoiar a (PEC) 135/19 que já está em estágio avançado na Câmara dos Deputados, e tem o mesmo propósito de fazer cumprir a lei aprovada em 2015 na minirreforma eleitoral.”, afirmou.
O Capitão Alberto Neto (Republicanos) defende o cumprimento da Lei 13.165, de 2015 que já está em vigor.
“É preciso observar a viabilidade, principalmente financeira, e se é necessário aplicar em todo país ou apenas em uma amostra de segurança. Mas como qualquer processo precisa passar por melhorias e para manter a democracia protegida, vamos voltar a discutir no congresso. Por isso, sou a favor!”, adiantou o deputado.
o deputado Delegado Pablo (PSL) afirmou: “Sou favorável ao voto impresso e a todas as medidas que possam aumentar a confiança do eleitor e fortalecer a democracia”.
Silas Câmara (Republicanos) enfatizou que é preciso entender do que se trata essa mudança e que por isso é favorável, sim.
“Diferente do que se fala, não é voltar ao voto manual mas, sim, imprimir a confirmação do voto dado na urna eletrônica.”
O deputado Bosco Saraiva (SD), afirmou confiar no sistema brasileiro e disse que seu apoio à mudança não está nada vinculada a insegurança.
“Sou a favor. Confio no sistema. É complexo e seguro. Voto impresso é abundância e como diriam os antigos: “o que abunda não prejudica”, explicou o parlamentar.
- Fonte: Portal O Poder
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