No início da manhã desta segunda-feira (21), os rodoviários de Manaus paralisaram cerca de 30% da frota do transporte público coletivo, como forma de protesto pelas empresas de ônibus terem atrasado pagamentos.
Foi informado pelo Sindicato dos Rodoviários de Manaus que a paralisação teve início por volta das 5h e foi estabilizada às 7h30, mediante um acordo entre as empresas e os trabalhadores.
“A cobrança da categoria é a segunda parcela do 13° salário e adiantamento salarial. Após esse ato, tivemos posicionamento de algumas empresas que informaram pagar o vale na data de hoje, e na quarta-feira, a segunda parcela do 13°”, informou Josenildo Mossoró, presidente em exercício do Sindicato dos trabalhadores Rodoviários de Manaus.
Mossoró avisou que em caso de não pagamento, a paralisação poderá ser retomada.
O motorista de ônibus Isaac Gomes, de 40 anos, trabalha há 20 anos nessa profissão, afirmou que depende do salário para sustentar a família.
“Como todo trabalhador, necessitamos do nosso salário. Então, a gente trabalha para pagar dívida, pagar aluguel e, quando atrasa nosso salário, somos cobrados. E fica esse impasse entre a Prefeitura e os empresários e a população é afetada. Não estamos negando trabalho, mas queremos receber o que fazemos para a empresa”, disse.
A conferente Marília de Souza, de 25 anos, falou sobre a espera acima do normal para pegar o ônibus que utiliza para ir ao trabalho.
“É lamentável, mas entendo a paralisação pois estão cobrando um direito que é deles”, contou.
A Prefeitura de Manaus afirmou através de nota que tem mantido o diálogo com as empresas e os rodoviários, com o objetivo de intermediar um acordo entre as partes.
“O município reforça que mantém subsídio ao sistema, pago mensalmente em duas parcelas, inclusive com uma sendo paga na manhã desta segunda-feira (21). Neste momento, o transporte coletivo de Manaus circula normalmente, sem qualquer alteração”, diz trecho da nota.
O Sinetram afirmou que tomou providências jurídicas para evitar uma greve nesta segunda-feira (21), em Manaus, onde foi atendido pelo Tribunal Regional do Trabalho, estabelecendo o mínimo de 70% das operações conforme liminar expedida no dia 16 de dezembro.
- Fonte: G1
- Imagem: Arquivo/D24am