Na manhã deste sábado (02), o pesquisador e epidemiologista da Fiocruz, Jesem Orellana, em entrevista ao Portal Manaós sobre a Covid-19, afirmou que as taxas de infecção devem ser reduzidas no mês de janeiro.
“É uma série de situações que nos deixam preocupados com relação a mortalidade. Com relação às taxas de transmissão do Coronvírus, a expectativa é que elas caiam agora em janeiro.”
“A gente acredita que as taxas de infecção, independente das medidas restritivas que vão ser tomadas, devem cair no mês de janeiro. O que não significa que as taxas de mortalidade, o número de mortes vai cair, porque as mortes que nós vamos ver agora no início de janeiro, ate mais ou menos a terceira semana de janeiro, já vão ser o resíduo das infecções que se iniciaram no mês de dezembro.”
De acordo com o pesquisador, é necessário que a população entenda que haverá um número de mortes maior no mês de janeiro, sendo o mês de pico da mortalidade durante a segunda onda de Covid-19, que, conforme informado por ele, foi iniciada em agosto.
Ainda segundo o epidemiologista, existe o papel das autoridades sanitárias, responsável por regular as ações do estado e regular ou não a adesão da população, e o papel da população, propriamente dito.
Jesem complementou dizendo que muitas vezes é assumido o papel de culpabilizar a população pela pandemia, sendo esta uma conduta equivocada, visto que isto é de responsabilidade do Poder Público.
O epidemiologista foi categórico ao afirmar que os testes rápidos de Covid-19 não são diagnósticos, ao contrário do teste RT-PCR que é diagnóstico por mostrar com alto grau de certeza.
Ao ser questionado sobre a medicação correta para tratar o paciente infectado com o vírus, o pesquisador afirmou que não há nenhuma medicação com eficácia comprovada para reduzir significamente os níveis de mortalidade.
“Não faz o menor sentido. Se a ivermectina fosse útil para prevenir a Covid-19, qual seria o sentido de estarmos procurando uma vacina tão desesperadamente?” disse o pesquisador.
Sobre as vacinas, Jesem afirmou que a única solução a médio prazo para o estado do Amazonas seria a utilização das vacinas. Além disso, emitiu um alerta a respeito de uma terceira onda no estado.
Para assistir à entrevista na íntegra, basta acessar o link https://www.instagram.com/tv/CJi1y10ltO5/?igshid=18kdjhh6ogje1.
- Fonte: Marcela Nunes – Redação Portal Manaós
- Imagem: Divulgação – Portal Manaós