Nesta quarta-feira (08), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu pedido para uso emergencial da CoronaVac, desenvolvida entre o laboratório Sinovac e o Instituto Butantan, e da vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.
O pedido feito pela Fiocruz refere-se às 2 milhões de doses da vacina de Oxford que devem ser importadas do laboratório Serum, localizado na Índia.
Já o pedido realizado pelo Butantan destina-se às 6 milhões de doses que chegaram prontas da China, além de ser feito um novo pedido para as doses envasadas no instituto em São Paulo.
De acordo com a Anvisa, o prazo para a análise do pedido de uso emergencial é de dez dias e até 60 dias para o registro definitivo.
“As primeiras 24h serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se todos os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode pausar o prazo e solicitar as informações adicionais ao laboratório”, afirmou a Anvisa, em nota.
Apesar do prazo estipulado ser de 10 dias, ele pode ser aumentado em caso de alguma pendência nas documentações fornecidas nos pedidos de uso emergencial.
“A meta da Anvisa é fazer a análise do uso emergencial em até 10 dias, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações , a serem apresentadas pelo laboratório”, diz em nota.
A Anvisa afirmou ainda que “atua, conforme os procedimentos científicos e regulatórios, os quais devem ser seguidos por aqueles que buscam o a autorização de vacinas para serem utilizadas na população brasileira.”
Segundo os dados apresentados, a CoronaVac teve eficácia de 78% e 100% de proteção contra mortes, casos graves e moderados entre os vacinados.
Conforme informado por Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, o pedido de registro definitivo da vacina ocorrerá posteriormente pela Sinovac.
“O pedido de registro da vacina será feito pela Sinovac. A Sinovac recolhe os dados dos estudos da vacina e é ela que submete o pedido oficialmente lá, na NMPA, que é a Anvisa chinesa, e imediatamente o mesmo pedido se estende ao Brasil e a outros países”, afirmou nesta quinta (7).
- Fonte: G1
- Imagem: Adalton Damasceno