domingo, julho 7, 2024

Manaus – “Logística em pauta” Isolamento geográfico pode dificultar a chegada de insumos aos hospitais.

Tendo em vista o momento delicado que população amazonense enfrenta perante a crise de abastecimento e superlotação dos hospitais, muitos grupos tem se articulado formando uma rede solidária para apoiar os profissionais de saúde, os hospitais, enfermos e seus acompanhantes e também aqueles que enfrentam a dura recessão econômica sem suas fontes de renda.

Após as notícias alarmantes de mortes por sufocamento devido a falta de oxigênio nos hospitais da cidade, vários artistas e autoridades de outros Estados, inclusive do Governo Federal, dispuseram insumos e contribuições em dinheiro para abastecer as instituições.

Apesar das ações serem louváveis, o momento pede organização e agilidade para que a maior quantidade possível de instituições e pessoas sejam auxiliadas através delas.

Enquanto isso, as doações feitas pelo humorista Whindersson Nunes e o cantor sertanejo Gustavo Lima já chegaram à cidade. Segundo fontes, a burocracia para transportar os insumos hospitalares dificulta a chegada dos mesmos até hospitais necessitados.

A policia civil, de acordo com vídeo publicado nas redes do delegado Juan Valério nesta manhã, está auxiliando no transporte dos cilindros de oxigênio que já chegaram a Manaus.

Isolamento Geográfico

Em entrevista ao Estadão no quinta-feira (14/01), o prefeito David Almeida relatou a dificuldade de receber as cargas na cidade devido ao isolamento geográfico histórico enfrentado pela região Norte, que torna o transporte de insumos mais caro e demorado.

Almeida ressaltou que os tubos de oxigênio não podem ser transportados em avião de carga normal, mas sim, nos que voam em baixa altitude, como os aparelhos da Força Aérea (FAB).

“Nós estamos passando a tragédia em relação ao oxigênio por um problema de logística. De Belém para Manaus é 1.500 quilômetros, sete dias de barco. Ou, para Porto Velho, seis ou sete dias também”, disse Almeida.

Criticou ainda os ambientalistas que vão contra o asfaltamento de um trecho da BR-319, que segundo ele ajudaria a romper o isolamento regional e facilitaria o abastecimento.

“…a BR-319, que liga a Porto Velho. Isso causa o nosso isolamento. Esse isolamento em parte contribui para essa tragédia da covid”, disse.

O estrada em questão é alvo polêmicas ambientais. Segundo nota dada a BBC news Brasil pelo biólogo e ecólogo Lucas Ferrante, em um estudo publicado no ano passado de modelagem pelo INPA, o desmatamento na região entre os rios Madeira e Purus, que percorrem a área, aumentaria em 1.200% se houvesse retomada do asfaltamento na BR.

Almeida ainda argumenta que “A preservação, que deveria servir a nosso favor, está contra nós”.


  • Fonte: Beatriz Trindade – Redação Portal Manaós / Estadão / BBC news Brasil
  • Imagem: reprodução

 

 

 

 

 

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