De acordo com os dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), em apenas 33 dias, 1.042 pessoas morreram em decorrência da Covid-19 no Amazonas, e 39.683 foram contaminadas.
Além desses dados alarmantes, nos últimos dias a rede estadual de saúde entrou em colapso por conta da falta de oxigênio, levando dezenas de pacientes a morte por asfixia, fazendo com que o Amazonas tenha o pior cenário de saúde já registrado.
Em 13 de dezembro de 2020, o estado tinha 5.001 mortos pela doença, deste total, sendo 3.187 de Manaus e 1.814 do interior do Estado. Desta data até esta sexta-feira, 15 de janeiro, houve um acréscimo de 1.042 mortos, totalizando 6.043 óbitos pela doença nos dez meses de pandemia no Amazonas.
O aumento do número de casos teve relação com as eleições municipais, época em que foram realizadas caminhadas, carreatas e reuniões com aglomerações de pessoas, além das festas de fim de ano.
O Governo do Amazonas publicou um decreto impondo medidas restritivas ao comércio para tentar conter o avanço da pandemia no estado, porém, cedeu à pressão popular e voltou atrás, flexibilizando a atuação dos estabelecimentos das 8h às 16h.
Para de fato conter o avanço nas contaminações pelo vírus, foi necessário que o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) entrasse com ação na Justiça estadual pedindo o fechamento de serviços não essenciais por 15 dias.
Na quarta-feira (13), a FVS confirmou o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus no Estado. De acordo com os especialistas, essa variação é ainda mais contagiosa e talvez seja uma dos fatores que contribuiu para a explosão dos casos do novo coronavírus.
Durante os primeiros dias do mês de janeiro, 758 pessoas morreram, segundo os dados da FVS.
Foi anunciada na quinta-feira (14), pelo governador Wilson Lima, a transferência de pacientes para unidades de saúde de outros Estados para darem continuidade no tratamento, visto que o sistema de saúde do Estado está em colapso e muitos pacientes não tem acesso ao oxigênio necessário para sobreviverem.
- Fonte: Portal O Poder
- Imagem: Michael Dantas/AFP