Na primeira semana de vacinação contra a covid-19 no Brasil, senadores comemoraram o início da imunização e cobraram os próximos passos, tanto com relação às vacinas, quanto com relação aos insumos necessários para a produção e fiscalização, a fim de garantir o acesso dos grupos prioritários.
Nesta sexta-feira (22), chegaram ao país 2 milhões de doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca e produzidas no Instituto Serum, na Índia. Além disso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da Coronavac envasadas no Butantan.
“As vacinas contra a covid-19 que devem chegar da Índia nesta sexta-feira (22) serão distribuídas aos estados a partir da tarde de sábado (23)”, anunciou o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) pelo Twitter.
A confirmação da chegada das doses vindas da Índia veio depois que o governo indiano liberou as exportações comerciais de vacinas contra a covid-19. A falta da liberação vinha atrasando o cronograma inicial previsto pelo Ministério da Saúde. Na última semana, a chegada das vacinas foi confirmada e depois adiada após a Índia anunciar que não liberaria doses.
O vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Marcos do Val (Podemos-ES), informou ter enviado ofício ao embaixador da Índia no Brasil para viabilizar a exportação da vacina e agradeceu a postura do goveno indiano. “Agradeço a postura solidária adotada pelo governo indiano de auxiliar os demais países no combate à pandemia da covid-19. A Índia será lembrada por mais essa valiosa contribuição para a humanidade”, agradeceu o senador.
Diplomacia
Vários senadores também se pronunciaram sobre a questão diplomática, da qual dependeria a liberação de insumos para a produção de mais doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A vacinação no Brasil foi iniciada no Brasil no domingo (17), mas as doses já disponíveis no país não são suficientes nem para imunizar o grupo prioritário previsto na primeira fase, que inclui, entre outros, os profissionais de saúde; pessoas de 75 anos ou mais e pessoas de 60 anos ou mais que vivem em instituições de acolhimento.
Para o líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), é preciso equilíbrio. “O momento exige equilíbrio e harmonia entre as instituições para fazer avançar uma campanha nacional de imunização contra a covid-19 e as medidas que garantirão a retomada da economia, com geração de emprego e renda para os brasileiros”, afirmou.
Proposições
Dois senadores pelo Amazonas, Eduardo Braga (MDB-AM) e Plínio Valério (PSDB-AM), afirmaram ter projetos que poderiam contribuir para evitar as fraudes na fila da vacina.
O PL 5.217/2020, apresentado por Eduardo Braga e já aprovado pelo Senado, cria a carteira digital de vacinação e o rastreamento de vacinas. A intenção é dar transparência à distribuição territorial das vacinas no Brasil. Para ele, a aprovação é urgente. “Só assim, com total transparência pública, será possível garantir a vacina contra a covid-19, neste momento, aos grupos prioritários”, disse pelas redes sociais.
- Fonte: Agência Senado
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