No ano 2000, Paulo Veronesi Pavesi de 10 anos, caiu de uma altura de 10 metros do prédio aonde morava e foi encaminhado para a emergência de um hospital em Poços de Caldas, interior de Minas Gerais.
O menino supostamente havia sofrido morte cerebral e o pai teria concordado com a doação de órgãos quando soube do agravamento do estado de saúde do filho.
Paulo Airton Pavesi, pai da criança, descobriu o crime após analisar a conta do hospital, que listava tratamentos incompatíveis com o estado de saúde da criança.
Segundo o TJ-MG, os procedimentos realizados no hospital visavam manter a saúde dos órgãos para doação irregular, e uma exumação posterior constatou a retirada de órgãos que o pai não tinha autorizado.
Os médicos teriam sido responsáveis por procedimentos incorretos na morte e remoção de órgãos do garoto. O exame que apontou a morte cerebral teria sido forjado e o garoto ainda estaria vivo no momento da retirada dos órgãos.
Teve começo, então, o caso que chocou o País 20 anos atrás e só teve fim na madrugada deste sábado, (30/01), com a condenação de dois dos três médicos que estavam em julgamento pelo crime de retirada ilegal de órgãos.
José Luis Gomes da Silva e José Luis Bonfitto foram condenados a 25 anos de prisão e não poderão recorrer em liberdade. Já Marco Alexandre Pacheco da Fonseca foi absolvido pelo júri.
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