O Ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União, determinou que a Secretaria de Saúde de Manaus tem 10 dias para informar se sofreu pressão por parte do Ministério da Saúde para indicar medicamentos sem eficácia cientificamente comprovada para o tratamento da Covid-19.
Os medicamentos em questão são a cloroquina, a ivermectina e a azitromicina, e tiveram seu uso amplamente recomendado pelo presidente da república e pelo Ministério da Saúde durante quase todo o período da pandemia. O Governo Federal chegou a enviar um ofício a Manaus considerando “inadmissível” a não adoção da orientação da pasta.
“Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo Ministério da Saúde, tornando, dessa forma, inadmissível, diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção da referida orientação”, dizia o documento, assinado pela secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Isabel Correia Pinheiro.
O subprocurador-geral do MP Lucas Rocha Furtado, foi quem solicitou ao TCU a apuração das evidências e se comprovada a atuação do Ministério da Saúde, cabe a “aplicação das sanções cabíveis” aos responsáveis.
Zymler também pede que Manaus envie posicionamento sobre o uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina no tratamento de doentes de Covid-19.
- Fonte: Redação Portal Manaós
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