sábado, outubro 5, 2024

Saúde – Estudo alerta para o baixo impacto da primeira fase da vacinação no controle da Covid-19.

Atualmente, com quase 230 mil mortes e com expectativa desses números subirem ainda mais, mesmo com a vacinação iniciada em janeiro, o uso da máscara é o fator que mais pode contribuir para salvar vidas.

De acordo com o estudo elaborado pelo Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus, A vacinação por si só praticamente não afeta o número de mortes se apenas uma parcela pequena da população estiver imunizada, chamando atenção para que as medidas de proteção como: máscara, álcool em gel e distanciamento social continuem sendo respeitadas.

Sem medidas de contenção do vírus, o impacto da vacina é muito inferior ao esperado.

Segundo o infectologista Julio Croda, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, “No ritmo atual de vacinação, vai demorar pelo menos seis meses para observamos algum impacto”

Para ele, com 20% da população imunizada, fora os grupos de risco, a pressão sobre o sistema de saúde já deve diminuir, mesmo que o vírus continue circulando.

Para que isso aconteça, devem ser priorizadas as pessoas acima de 60 anos, que representam de 80% a 85% das mortes, e os profissionais da saúde, com risco alto de infecção por causa do contato com pessoas com Covid-19.

Sobre o número de mortes e infecções por Coronavírus, entra em conta o fator de relaxamento das medidas restritivas sobre a circulação e aglomeração de pessoas, segundo o gráfico publicado no estudo, o segundo pico de casos está diretamente associado ao momento em que houve reabertura de locais de entretenimento.

O perigo da nova variante

Segundo a imunologista Ester Sabino, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), entre dezembro e janeiro, a nova variante (P1) passou de 52,2% para 85,4% em amostras de testes positivos de RT-PCR de Manaus, apresentando o caráter mais transmissível da P1. Em janeiro, ela chegou a ser responsável por 91% dos casos, atingindo não só a Região Metropolitana de Manaus, mas também municípios como São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, distantes mais de mil quilômetros da capital.

A epidemia de Covid-19 afeta de forma mais aguda as estruturas de atendimento mais precárias. Manaus, por exemplo, tem 753 leitos de UTI para Covid-19 e precisa receber pacientes dos 61 municípios do interior do estado. Com a sobrecarga do sistema, aumentam também as mortes indiretas ‒ pessoas que morreram por falta de atendimento para doenças crônicas ou câncer, por exemplo, ou porque não procuraram assistência médica com medo de pegar Covid-19.

Nesta semana, a África do Sul, que também comporta uma variante do vírus, suspendeu o uso da vacina de Oxford após estudo indicar proteção limitada para variante.


  • Fonte: Redação Portal Manaós
  • Imagem: Secom

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