sexta-feira, novembro 22, 2024

Política – Sob promessas de imunização em massa, governo Bolsonaro investe apenas 9% da verba para vacinas contra a Covid-19.

Uma mostra do atraso da União na tentativa de vacinar em massa a população brasileira é o fato do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) ter gasto apenas 9% do dinheiro liberado em caráter de urgência e emergência para a compra e desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19.

Em viagem a Manaus no último dia 13, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, anunciou um plano para imunizar de forma prioritária a região Norte, a começar pelo Amazonas. Ainda no mesmo pronunciamento, ao lado do governador Wilson Lima, ele afirmou que iria pedir o adiantamento da imunização de 70% da população amazonense.

Em agosto, setembro e dezembro, o presidente assinou três MPs (Medidas Provisórias) que abriram créditos extraordinários no valor total de R$24,5 bilhões de dólares, mas até o meio de fevereiro, o país havia gasto somente o valor equivalente a R$2,2 bilhões para adquirir vacinas contra a Covid-19.

A primeira MP assinada por Bolsonaro em 6 de agosto, destinou quase R$ 2 bilhões à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), vinculada ao Ministério da Saúde, para a produção da vacina desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e com a Universidade de Oxford.

A MP de agosto foi aprovada pelo Congresso Nacional e convertida em lei. Segundo os dados do Portal da Transparência, uma das ações previstas previstas pelo Governo Federal, a de encomenda tecnológica para a vacina (IFA), foi integralmente executada e paga em 16 de setembro.

Em 24 de setembro, Bolsonaro assinou uma nova MP para garantir a entrada do Brasil no consórcio Covax Facility, uma iniciativa da OMS. O acordo assinado pelo presidente foi o de solicitar cerca de 42,5 milhões de doses, que ainda não tem data de entrega. Esse número equivale à menor taxa de cobertura permitida pelo consórcio, 10% dos brasileiros.

A MP abriu um crédito extraordinário de R$ 2,51 bilhões. Até agora, foram gastos R$ 830,8 milhões, menos de um terço do total.

Por último, em 17 de dezembro, uma nova MP liberou R$ 20 bilhões emergenciais para a aquisição de vacinas contra a Covid-19, dos quais, R$ 88,9 milhões foram investidos, mas faltam propostas, acordos e contratos para a aquisição de imunizantes.

Enquanto isso, durante os 11 meses de pandemia, o presidente teceu críticas negacionistas à vacina, e, investiu boa parte da verba emergencial na produção de medicamentos para tratamento precoce, que não tem eficácia comprovada cientificamente.

Brasil – Documentos apontam que Ministério da Saúde utilizou órgãos públicos para disseminar remédios sem eficácia no combate à Covid-19.


  • Fonte: Folha de São Paulo.
  • Imagem: Divulgação / Veja

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