“O certo é tirar de circulação”. Foi com essa frase que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reclamou das redes sociais no Brasil e das políticas das mídias sociais contra a disseminação de fake news.
Contumaz a espalhar notícias falsas, Bolsonaro critica com veemência plataformas como Facebook e Twitter contra a disseminação de notícias falsas e de discursos violentos, entre elas a decisão de bloquear as contas vinculadas ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Em conversa com apoiadores, na sexta-feira dia (12), em frente ao Palácio do Alvorada, Bolsonaro disse que o Facebook estaria impedindo o envio de fotos de notas fiscais de combustíveis pela plataforma – um pedido feito pelo presidente para acusar uma suposta bitributação do insumo e se defender das críticas pela alta nos preços.
No entanto, o Facebook explicou que trata-se de um teste que está sendo aplicado “para uma pequena porcentagem de pessoas no Canadá, Brasil e Indonésia”. Já os Estados Unidos devem ser incluídos na testagem “nas próximas semanas”.
O Facebook argumenta que tem recebido reclamação de usuários que “não querem que conteúdo político prevaleça” em seus feeds de notícias.
Bolsonaro e até contas do governo já foram alvo de punição das plataformas contra a disseminação de notícias falsas.
O Twitter, em janeiro, por exemplo, marcou como “enganosa” uma publicação de Bolsonaro sobre o tratamento precoce contra o coronavírus. O presidente defende o uso de medicamentos como a hidroxicloroquina em casos de Covid-19, embora não haja eficácia comprovada contra a doença.
- Fonte: O Globo
- Imagem: Daniel Marenco / Agência O Globo