A repórter Érica Barbosa entrevistou, na manhã de ontem (20), a profissional e especialista da saúde, Rafaela Tábata, em uma conversa esclarecedora sobre o perigo da Covid-19 e os cuidados a serem tomados neste momento de crise, principalmente com a nova cepa descoberto no Amazonas.
Rafaela é enfermeira e atua na linha de frente em urgências e emergências há nove anos, sua experiência em aéreas remotas e em UTI’S aérea e terrestre lhe garantiram conhecimento técnico para atuar na linha de frente do enfrentamento à Covid-19. Ela destaca a atuação dos profissionais de enfermagem que enfrentaram com tanta coragem e determinação os piores momentos da crise, mesmo com medo do desconhecido, o atendimento primário efetuado pelos enfermeiros é o que ajuda a evitar a superlotação dos hospitais.
Medidas de prevenção
Com o Amazonas enfrentando a segunda onda da Covid-19, os cuidados para prevenir infecções, e uma possível terceira onda, são os mesmos que vem sendo alertados por especialistas desde o começo: é necessário que as medidas de distanciamento, uso de máscara e higienização das mãos sejam ainda mais respeitadas.
Durante sua atuação na linha de frente contra a Covid-19, Rafaela conta que realizou um estudo para entender melhor o comportamento do vírus e assim, manter os profissionais protegidos durante o atendimento a infectados com Covid-19.
A enfermeira fala sobre o estudo que teoriza sobre a interferência humana no meio ambiente ter desencadeado a mutação do vírus que infecta humanos. O Coronavírus já era conhecido e estudado pela comunidade científica, porém, o crescimento urbano e a interferência na natureza colocaram os seres humanos em contato com o agente patológico e a cada vez que ele entra em contato com um organismo diferente, ocorre uma nova mutação.
Rafaela também chama atenção para a necessidade de um período de lockdown mais efetivo, com medidas que contemplem, de fato, trabalhadores que ficam sem acesso a sua fonte de renda. O fato do Amazonas ter uma das variantes mais infecciosas, tornando-o alvo de instituições filantrópicas e de pesquisas nacionais e internacionais, demonstra a necessidade de imunizar em massa a população para conter o avanço da variante.
Sintomas, outras síndromes e avaliação do sistema de saúde
Segundo a enfermeira, os sintomas iniciais da covid-19 são comumente confundidos com resfriados comuns, o que impede o diagnóstico e o tratamento primário de pessoas acometidas pela doença. Além disso, por conta das mutações, muitas vezes os sintomas diferenciam-se de organismo pra organismo.
As recomendações quanto ao atendimento médico são principalmente sobre buscar ajuda logo nos primeiros sintomas, dada a rápida evolução para quadros graves, característica principal da variante P1. Rafaela informou que o atendimento primário pode ser realizado nas UBS’S e UPA’S, além dos serviços online oferecidos pelos SUS, para que as alas dos Hospitais de Pronto Socorro sejam resguardadas a pacientes graves que precisam de oxigenoterapia e intubação.
Rafaela também destacou o trabalho essencial que profissionais de fisioterapia e psicologia têm efetuado. A crise sanitária afetou não só o corpo físico, mas também a saúde mental de muitas pessoas. A preocupação e a ansiedade muitas vezes provocam sintomas psicológicos da Covid-19, tornando necessária a presença desses profissionais na sociedade.
Essa e outras entrevistas fazem parte de um projeto do Portal Manaós para discutir sobre temas diversos que são relevantes para a sociedade. Assista esse e a outros vídeo nos canais de comunicação do Portal Manaós. Estamos no Facebook, Twitter, Instagram e também no YouTube.
- Fonte: Beatriz Trindade – Redação Portal Manaós
- Imagem: Divulgação
