A Justiça Federal acatou a denúncia do Ministério Público contra Guilherme Boulos e outros dois militantes do MTST, sob acusação de invasão e ocupação do triplex de Guarujá, no litoral de São Paulo, em abril de 2018. Na ocasião, os três ocuparam o apartamento como forma de manifestação contra a prisão do ex-presidente.
Em abril de 2018, manifestantes do MTST e da Frente Povo Sem Medo ocuparam simbolicamente o Triplex do Guarujá para denunciar a farsa da condenação do ex-presidente Lula. 👇
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) February 26, 2021
Apesar de todas as características de uma manifestação, o MP apresentou denúncia por invasão.
Ontem a Justiça Federal aceitou a denúncia contra mim e mais 2 militantes do MTST. É um evidente caso de perseguição política, sem nenhuma base material. Não vão nos intimidar!— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) February 26, 2021
O MPF aponta que os réus teriam, supostamente, infringido o Artigo 346 do Código Penal, que dispõe sobre “tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção”, com pena de detenção de seis meses a dois anos e multa.
O MPF alegou que os manifestantes invadira o local supostamente a mando do ex-presidente Lula, denuncia que foi negada no ano passado.
De acordo com a denúncia, Boulos e os outros três manifestantes entraram “causando danos no referido imóvel, pois, para nele ingressar, quebraram o batente da porta principal e a arrombaram, fazendo uso de um pé-de-cabra, assim como amassaram a porta do banheiro”.
Os manifestantes tem dez dias para se explicarem quanto às acusações dos autos.
- Fonte: Portal Manaós / G1
- Imagem: Divulgação