Mianmar vive um caos desde que o Exército tomou o poder e prendeu a líder eleita Aung San Suu Kyi e grande parte de sua liderança partidária em 1º de fevereiro, alegando fraude em uma eleição de novembro que seu partido venceu por larga margem.
Neste domingo (28), a polícia de Mianmar disparou contra manifestantes em todo o país marcando o dia mais sangrento das semanas de protestos contra o golpe militar, e pelo menos 18 pessoas foram mortas, disse o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).Ainda mais cedo, a polícia abriu fogo em diferentes partes de Yangon, maior cidade do país, depois que granadas de choque, gás lacrimogêneo e tiros para o ar não conseguiram dispersar as multidões. Os soldados também deram reforço à polícia.
Vários feridos foram arrastados por outros manifestantes, deixando manchas de sangue nas calçadas, mostraram imagens da mídia. Um homem morreu após ser levado a um hospital com uma bala no peito, disse um médico que pediu para não ser identificado.
“A polícia e as forças militares enfrentaram manifestações pacíficas, usando força letal o que- de acordo com informações confiáveis recebidas pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU- deixou pelo menos 18 mortos e mais de 30 feridos”, disse o escritório de direitos humanos da ONU.
No começo do mês, o governo ditatorial bloqueou acesso a internet como forma de impedir que as informações fossem repassadas para fora do país. Desde então, a ONU vem intermediando as informações que são passadas à mídia internacional.
- Fonte: Agência Brasil
- Imagem: AFP