sábado, novembro 23, 2024

Por Elas – As mulheres fazem parte das “classes perigosas”

O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, tem como origem as manifestações das mulheres operárias russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada de seu país na Primeira Guerra Mundial. Tais manifestações marcaram o inicio da Revolução de 1917. Diante disso, as mulheres operárias foram consideradas como as “classes perigosas”.

A história relacionada supostamente ao Dia da Mulher, se dá a um incêndio que de fato aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio aconteceu na Triangle Shirtwaist Company e vitimou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus. Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres.

Atualmente o dia 8 de março é considerado um dia de “comemoração”, no entanto, as lidas diárias pela sobrevivencia da mulher não são de comemorações, pelo contrário, são de preocupações, necessidade de luta e voz ativa e audível nesse projeto societário tão desigual para mulheres como nós.

Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.

Simone de Beauvoir

O movimento Por Elas vem unindo mulheres de vários lugares com experiências, vivências e representatividade em Manaus e nos demais municípios do Amazonas. Hoje somos o resultado do encontro esperado e construído de mulheres que lutam juntas e se ajudam para melhorar as nossas condições de vida.

Nos tempos atuais, as mulheres estão distante de alcançar o reconhecimento sobre a sua atuação. Os espaços de poder ainda estão sob comando dos homens. Mesmo os espaços legítimos das mulheres, está enraizado as ideias e práticas machistas.

Na política, o espaço que define as leis, as execuções das mesmas e as discussões sobre os problemas existentes na sociedade e que estão diretamemte relacionados as mulheres, estão sendo representados prioritariamente por homens. Por que as mulheres ainda não conseguiram atuação relevante nesse espaço? Precisamos de união, precisamos de cuidado e precisamos de representação política.

 O passado está sempre presente em nossas vidas e esse se manifesta em si mesmo de modo paradoxal. A nossa subjetividade, entretanto, uma estrutura organizada, nunca cessa de mudar. O desafio é a constancia desse movimento e o papel coletivo e individual de cada uma de nós mulheres. 

Que sejamos menos preconceituosas e machistas, para poder de fato fazer dar certo, os nossos sonhos, metas e ideias sobre um mundo mais justo, mais honesto, mais plural e menos desigual.

Espero que no futuro, o nosso pensamento chegue próximo aos de milhões de mulheres que estão espalhadas e se sentindo sozinhas, e que juntas possamos fazer um futuro mais inovador e livre. É importante dizer que somente a constituição de um discurso feminino de resistência com poder de desnaturalizar preconceitos, crenças e tabus presentes no discurso masculino poderá construir a nova identidade da mulher no futuro. Essa deve ser a meta sobre o agora  do gênero feminino na luta política pela igualdade e emancipação da mulher.

Nós mulheres continuamos sendo parte das “classes perigosas” . E termos consciência sobre o que isso significa é o primeiro passo para a LIBERTAÇÃO e o SUCESSO!

Artigo de Opinião Erica Barbosa

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  • Foto: Marcus Reis

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