A Corte de Milão formalizou, nesta terça-feira (09), a condenação do atacante Robinho e de seu amigo Ricardo Falco pelo crime de violência sexual contra uma mulher albanesa, em 2013, na Itália, época em que ele era um dos principais jogadores do Milan.
Segundo os juízes, Robinho e seus “cúmplices” manifestaram “particular desprezo” em relação à vítima, que foi “brutalmente humilhada”, e tentaram “desviar o inquérito oferecendo aos investigadores uma versão falsa dos fatos e previamente combinada”.
Durante as investigações do caso, foram interceptadas ligações entre Robinho e o músico brasileiro que tocava na boate na noite do crime. Segundo a transcrição, o jogador afirma:
– Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu.
Logo depois, ele continua:
– Olha, os caras estão na m****… Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei aquela garota. Vi (NOME DE AMIGO 2), e os outros f****** ela, eles vão ter problemas, não eu… Lembro que os caras que pegaram ela foram (NOME DE AMIGO 1) e (NOME DE AMIGO 2)…. Eram cinco em cima dela.
A vítima admitiu ter apenas “alguns flashes daquela noite”, acrescentando que não tinha condições de “falar” nem de “ficar em pé”. Segundo suas recordações, ela ficou no local sozinha por alguns minutos e “percebeu” que o mesmo amigo e Robinho estavam “aproveitando” dela.
De acordo com o Ministério Público da Itália, o jogador e seus amigos levaram a jovem para o guarda-volumes da boate e, se aproveitando de seu estado, mantiveram “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
O jogador é condenado em segunda instância e a defesa, agora, irá apelar a Corte de Cassação, a terceira instância italiana.
Contudo, como o jogador reside no Brasil e o país não extradita seus cidadãos, a justiça de Milão teria de emitir um mandado internacional de prisão ao Governo Brasileiro ou aguardar o momento em que Robinho eventualmente vá a algum país europeu.
- Fonte: Globo Esportes
- Imagem: Ivan Storti/Divulgação Santos FC