O Brasil registou 1.972 mortes decorrentes da Covid-19 segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). É a pior marca desde o início da pandemia, superando o recorde da última quarta-feira, quando foram contabilizados 1.910 óbitos.
O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Porém, é o segundo em número de mortes, com 268.370 perde apenas para os EUA, que perdeu mais de 527 mil pessoas vítimas de Covid-19.
Esses números refletem no cenário caótico do sistema de saúde. Vinte e cinco das 27 capitais do país apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI para covid-19 iguais ou superiores a 80%. A situação é especialmente grave em 16 capitais, entre elas Brasília e Rio de Janeiro, onde os porcentuais ultrapassam os 90%. As informações fazem parte de mais um boletim extraordinário do Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado no fim da tarde desta terça-feira, 9.
Os especialistas da instituição alertaram para a gravidade da situação e para a necessidade de adoção de medidas de restrição de circulação mais rigorosas.
A situação é de colapso total no sistema de saúde em Campo Grande (106%), Porto Alegre (102%) e Porto Velho (100%). Outras capitais à beira do colapso são: Rio Branco (99%), Macapá (90%), Palmas (95%), São Luis (94%), Teresina (98%), Fortaleza (96%), Natal (96%), Rio de Janeiro (93%), Curitiba (96%), Florianópolis (97%), Cuiabá (96%), Goiânia (98%) e Brasília (97%). Em São Paulo a ocupação é de 82%. Apenas duas capitais têm índices de ocupação das UTIs abaixo de 80%: Belém (75%) e Maceió (73%).
- Fonte: Fiocruz
- Imagem: EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO