sábado, outubro 5, 2024

Política – Investigada pelo STF, Bia Kicis assume o comando na comissão mais importante da Câmara.

Bia Kicis (PSL) é vista como uma das aliadas mais próximas ao presidente Jair Bolsonaro na Câmara e foi eleita nesta quarta-feira (10), como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no parlamento, com o apoio de 41 deputados.

Bia Kicis é confirmada presidente da CCJ da Câmara | Gazeta Brasil - O que está acontecendo no Brasil e no Mundo agora.

A CCJ é a comissão mais importante da Câmara dos Deputados, por ela passam todos os textos antes de serem aprovados para votação, pois é a responsável por analisar a constitucionalidade das propostas que tramitam na Casa Legislativa.

A eleição de Kicis causa desconforto nos partidos da oposição, tanto por sua proximidade com presidente quanto pelo inquérito do STF do qual é alvo.

Em 2020, o Supremo decidiu apurar a organização de atos contra a democracia no país. Os simpatizantes do governo reivindicavam o fechamento do Congresso, do STF e o retorno do AI-5, ato institucional que promoveu os piores anos da ditadura militar. Kicis foi alvo de busca e apreensão durante as investigações. Em outro inquérito do STF, também é apontada por disseminar fake news.

A parlamentar também é considerada uma “negacionista” da pandemia de covid-19. Alinhada ao discurso de Bolsonaro, Bia Kicis é contra medidas como o isolamento social e o uso de máscaras.

Em discurso após a eleição, a deputada negou as acusações e disse que sua presidência na CCJ será pautada pelo diálogo e pelo equilíbrio.

“Nunca, jamais em minha vida, cometi qualquer ato contra alguma instituição brasileira ou qualquer antidemocrático até porque isso seria totalmente incompatível com meu histórico. Sempre lutei e continuarei lutando para preservar as instituições”, afirmou.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), da oposição, teve a candidatura à presidência do colegiado negada pelo deputado Mauro Lopes (MDB-MG) e afirmou que vai recorrer ao plenário.

“Esta é a prática da Casa, que se baseia em um acordo de lideranças e tem encontrado respaldo em algumas decisões em sede de questão de ordem. No entanto, entendemos que apenas um acordo unânime poderia se sobrepor ao disposto no regimento, principalmente se este acordo restringe direitos de atuação parlamentar”, escreveu no recurso.


  • Fonte: Redação Portal Manaós / G1
  • Imagem: Divulgação ; Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

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