quinta-feira, julho 4, 2024

Política – “Negócios em família” – Prefeita interina de Coari é investigada por nepotismo pela justiça do Amazonas.

Coari é vítima e exemplo de práticas do funcionalismo público que remontam à época do coronelismo no Brasil, com uma elite que controla a política, os meios de produção e detém poderio econômico e social. O apagamento histórico da região Norte e a certeza da impunidade são fatores que incentivam políticos do interior do Amazonas a operar dentro da ilegalidade sem serem descobertos.

Esse é o caso da família de Dulce Menezes (MDB), ela é tia do ex-prefeito Adail Filho, investigado junto com a irmã pelo desvio de R$100 milhões em recursos da prefeitura de Coari, e também filho é do ex-prefeito Adail Pinheiro, acusado de coordenar um esquema de pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Com o costume de manter “os negócios em família”, Dulce foi a segunda vereadora mais votada do município e foi escolhida para presidir a Câmara Municipal de Coari. Quando Adail Filho pediu licença do cargo no começo desse ano, a vereadora assumiu a prefeitura.

Em seu novo cargo, Dulce Menezes é acusada de supostamente nomear sete parentes em cargos públicos com salários de até R$ 6 mil. São eles: o filho, a nora, duas irmãs e dois cunhados. A denúncia foi protocolada na Promotoria de Coari e no TCE-AM.

A denúncia afirma que Ledeson Menezes, seu filho, foi exonerado no dia 1º de fevereiro após críticas nas redes sociais e em um programa veiculado em uma rádio local. No entanto, ele já havia recebido salário e gratificação no cargo de diretor de departamento, na Secretaria Municipal de Infraestrutura, conforme consta no diário oficial do dia 27 de janeiro.

Quando questionada, Dulce Menezes afirmou que “alguns servidores mencionados fazem parte da estrutura do executivo desde a gestão anterior, não havendo impedimento para a contratação no período”. Ela cita o caso do irmão dela, Josué Figueiredo, que, segundo ela, foi nomeado por ter “qualificação técnica”.

A prefeita interina também alegou que está fazendo uma “reorganização administrativa e exonerando parentes dos cargos públicos”. Ela disse que “não está contrariando imperativos constitucionais que regem a gestão pública”.

O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Amazonas irão apurar as denúncias.


  • Fonte: Redação Portal Manaós / Amazonas Atual
  • Imagem: Divulgação

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