sábado, outubro 5, 2024

Ciência – Aeroportos sem fiscalização podem ter sido um dos principais vetores do Coronavírus.

O Brasil apresenta o pior cenário epidemiológico de todo o período da pandemia. Ultrapassando duas mil mortes por três dias consecutivos, a projeção é que novas variantes mais infecciosas surjam, potencializando o risco de lotação em leitos de enfermaria e UTI.

Além disso, ocupa o 2º lugar na lista de países com mais restrições, os viajantes e voos que passam pelo território brasileiro são persona non grata em 17 países do globo. Tais países implementaram medidas restritivas a circulação do vírus e de possíveis “variantes de preocupação” em seu território, diferentemente do Brasil, que manteve os aeroportos abertos deixando margem para que a doença se dispersasse.

Além disso, a falta de fiscalização e monitoramento de viajantes recém-chegados é amplamente criticada na comunidade cientifica. Para Jessem Orellana, da Fiocruz Amazônia, “o bloqueio sanitário é algo que deveria ser básico. Infelizmente, em Manaus, capital mundial da Covid-19, nada disso está acontecendo.”

Quem teve a experiência de passar por aeroportos nos Brasil durante a pandemia consegue visualizar bem a problemática, é comum que as medidas de segurança não sejam propriamente seguidas.

Com o objetivo de conter isso, o Governo do Estado. através da SES-AM, instalou um posto que distribuía panfletos com instruções sobre como acionar a Secretaria em caso de sintomas da Covid-19. O posto operou até o final de 2020 e segundo Jessem, foi de grande ajuda no monitoramento da doença.

O pesquisador explica que fechar os aeroportos não é uma opção, mas sim, monitorar ostensivamente os possíveis casos, a exemplo de Tóquio e Londres. No entanto, Orellana afirma que falta gestão e coordenação dos órgão nacionais como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o do Ministério da Saúde.

“Essa é uma ação, além de aumentar o rigor da fiscalização de embarque e desembarque, com testagem de possíveis sintomáticos e não sintomáticos por sorteio, por exemplo. Também se poderia criar um formulário de triagem antes da compra da passagem, para rastrear informações de exposição recente ou passada ao novo Coronavírus. Estratégia e tecnologia não faltam, mas falta vontade política e gente qualificada.”

Nesta semana, a Anvisa adotou novas regras para o uso de máscaras em aeroportos e durante o voo. A partir de 25 de março, estão proibidos qualquer tipo de máscara com válvula de expiração, nos modelos N95 e PFF2, assim como o uso de protetores faciais do tipo “face shield” e bandanas ou lenços, além de peças feitas de acrílico. Tais modelos não serão mais aceitos em aeroportos e aeronaves.

Além da mudança no modelo de máscara, a agência alterou protocolos a serem seguidos dentro dos terminais e das aeronaves durante o voo. Retirar a máscara dentro da aeronave, com a nova regra, apenas para hidratação, ou para alimentar crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais.


  • Fonte: Redação Portal Manaós / Amazonas 1
  • Imagem: Divulgação

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