No último sábado, a Dra. Gláucia Soares foi entrevistada pela repórter Letícia Barbosa em uma conversa acerca do projeto Ressignificando Vidas Femininas. As entrevistas ocorrem todos os sábados as 10 horas e fazem parte do programa Por Elas, do Portal Manaós.
Dra. Gláucia atua no meio jurídico há pelo menos 30 anos. Com uma trajetória política engajada pelo direito feminino, ela é presidente da Comissão da Mulher Advogada na OAB-AM e recentemente assumiu a coordenação regional da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (abmcj).
Assista à entrevista na íntegra em todos os nossos canais de comunicação!
Papel da Comissão na luta pela violência contra a mulher
Gláucia acredita que as instituições tem o papel social de agir pela sociedade. Por todo o contexto histórico-social, as mulheres ainda sofrem muitas violências no dia a dia e para ela, isso representa mudanças na sociedade.
“Nascer mulher numa sociedade já é ser guerreira, por além do padrão normal, você tem aquelas especificidades que a sociedade construiu pra você permanecer no padrão”, disse ela.
Segunda a Dra., o Brasil é o quinto país que mais assassina mulheres no mundo, sendo assim, existe uma responsabilidade social de implementar projetos efetivamente funcionais.
Violência contra a mulher e Feminicídio
Há estudos que dizem que o feminicídio pode ser 100% evitado, pois o agressor dá indícios graduais de controle, manipulação e violência, sendo assim, considerado o ápice da violência contra a mulher, explica a Dra. Gláucia.
No âmbito jurídico, é uma qualificação do homicídio, porém com destaque diferencial para o modus operandi, uma vez que os casos são registrados dentro de suas residências e, na maioria das vezes, o agressor é alguém de confiança.
A Dra. Gláucia também explica que existe uma rede de enfrentamento contra a violência, com leis que visam garantir o direito e a integridade das mulheres.
Ressignificando vidas femininas
Pensando na dependência financeira, que mantém muitas mulheres subjugadas à violência, o projeto agrega instituições com responsabilidade social com o objetivo de dar autonomia financeira e empregabilidade à vítimas de violência. O tribunal de Justiça, então, através da 1º Vara do Juizado Especializado em Crimes Contra a Mulher reuniu nomes de vítimas para que empresas de iniciativa privada contratarem estas mulheres.
“Enquanto uma de nós estiver sendo silenciada, nós vamos falar muito sobre isso.”
Segundo dados da Universidade do Ceará e do instituto Maria da Penha, o Brasil deixa de gerar R$1 bilhão ao ano como consequência da violência, para a advogada, os resultados do projeto vão de contramão a tudo isso, representando emancipação feminina. “Vemos mulheres que estão rompendo o ciclo da violência porque tem oportunidade.”
“à mulher, nada é dado, tudo é conquistado.”
Como participar do projeto e da rede de apoio
- SOS.el@s
O aplicativo reúne 5 contatos de emergência para serem avisados em caso de violência. Com uma leva “agitada” no aparelho celular, ele liga automaticamente para o 190.
- Comissão da Mulher Advogada – OAB.
Atendimento online através de canais de comunicação, recebem pedidos de ajuda jurídica através do Instagram @mulheradvogadaoabam e pelo telefone: 92991544493, para falar diretamente coma Dra. Gláucia
- Fonte: Redação Portal Manaós
- Imagem: Divulgação
