O municípios de Alvarães, distante 531 quilômetros de Manaus, enfrenta períodos turbulentos na troca de gestão da prefeitura, que ocorreu este ano. Com o total de 2.441 casos de Covid-19, o atual prefeito, Lucenildo de Souza (PSC), homologou licitações que somam pelo menos R$9 milhões em reformas, serviços alimentícios, de limpeza e combustível.
Em documentos despachados no mês passado, em 16 de fevereiro, o prefeito requisitava R$7,3 milhões, dos quais R$5 milhões iriam para uma única empresa que forneceria materiais de expediente e de limpeza, a G B G RODRIGUES CONSTRUÇÕES EIRELI.
Fato é que, a empresa, localizada no bairro Santo Antônio, Manaus, é especializada em fornecer materiais de construção, enquanto os dois serviços prestados à Prefeitura de Alvarães fazem parte de seu quadro secundário de atividades, assim como outros 52 serviços prestados por ela.
Ainda neste mesmo documento, Lucenildo solicitava mais de R$2 milhões para para compra de combustível e 186.682,80 para revitalização da Praça da Liberdade.
Já em 19 de fevereiro, o prefeito homologou mais uma licitação requerendo reforma na sede da Prefeitura. A empresa A.T. AVELAR EIRELI, receberia o total de R$384.189,71 dos cofres públicos para realizar o serviço.
O que chama atenção é que ao consultar CNPJ 27.128.963/0001-21 no site da receita federal, encontra-se a informação de que a empresa é, na verdade, uma distribuidora do ramo de hortifrúti.
Ao pesquisar o endereço do estabelecimento comercial, é possível encontrar o “Mercadinho Nova Estrela” no lugar da empresa que supostamente realiza 75 tipos de atividades secundárias, entre o comércio de bicicletas, calçados, bebidas, vidros, roupas, com o capital social de R$300 mil.
Já o mais novo documento de licitação homologado é no valor de R$1 milhão para atender às necessidades alimentícias das secretarias do município. As empresas beneficiadas seriam ‘E Ferreira Comercio-Me’ e a ‘JWC Serviços de Engenharia Eireli’.
Quando questionado, o prefeito alegou que é uma estimativa do que se pode gastar ao longo de todo o ano. “Podemos comprar, mas não podemos ultrapassar. Vamos gastar conforme a necessidade de cada secretaria, e tudo será devidamente repassado a Câmara Municipal”, afirmou.
Como os processos estão em homologação, a contratação de serviços ainda não foi efetivada.
- Fonte: Redação Portal Manaós
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