O Ministério Público do Amazonas instaurou investigação para apurar possíveis irregularidades presentes no Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto.
Em relatório do Simeam, o presidente do Simeam, Mário Vianna, e secretária geral do Sindicato verificaram a superlotação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e de enfermaria para pacientes que testaram positivo para o novo coronavírus, internados no quinto andar da unidade e UTI geral.
“Os enfermeiros estão sobrecarregados. Além da falta de recursos humanos, os técnicos que estão atuando na linha de frente nem sempre são habilitados e devidamente treinados para atuar na terapia intensiva. Isso compromete todo o resultado do trabalho da equipe multidisciplinar, além de colocar em risco a vida dos próprios pacientes”, ressaltou.
O procedimento foi instaurado pela promotora de Justiça Luissandra Chíxaro de Menezes e cita o fato do Amazonas, ter declarado estado de calamidade pública por causa da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia da Covid que estabeleceu:
No relatório de outubro, é citado que uma transferência para o então Hospital de Referência, o Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz, pode demorar até 48h e mortes já foram registradas por conta disso
Ainda durante a fiscalização do Sindicato dos Médicos, foi constatado que os 69 leitos clínicos do 4º andar, que engloba enfermaria e UTI, estão ocupados. O Centro Cirúrgico também está no limite de funcionamento, sendo realizadas duas cirurgias simultâneas no mesmo local.
Em contrapartida, o secretário estadual de Saúde, Marcellus Campelo está sendo processado pelo Ministério Público Federal por supostas fraudes no contrato de gestão de duas unidades de saúde em Manaus: a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Campos Salles e Hospital Delphina Aziz.
A ação de improbidade administrativa foi apresentada à Justiça Federal e também inclui dois ex-secretários estaduais de Saúde: Rodrigo Tobias e Simone Papaiz, assim como o vice-governador Carlos Almeida e o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) e o representante do instituto, José Carlos Rizoli.
A ação inclui, ainda, pedido liminar de bloqueio de bens dos envolvidos no valor de R$ 32.052.691,04, que equivale ao prejuízo causado ao patrimônio público, conforme apuração da Controladoria-Geral da União (CGU).
O secretário Marcellus Campelo informou, por meio da SES, que aguarda a notificação para poder se manifestar no processo.
- Fonte: MP-AM / Simeam / MPF / MPE / D24.
- Foto: Divulgação.