O Supremo Tribunal Federal negou o pedido de habeas corpus preventivo para a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.
A mesma prestará depoimento nesta quinta-feira (20), à CPI da Pandemia
A secretária, que ganhou o apelido de “Capitã Cloroquina”, havia requisitado o habeas corpus para ser autorizada a não responder a perguntas dos senadores, de modo a não produzir eventuais provas contra si. Mayra Pinheiro é apontada como promotora do “tratamento precoce” — uso de medicamentos sem eficácia comprovada — contra a Covid-19 no âmbito do Ministério da Saúde. Ao contrário do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que obteve um habeas corpus do Supremo, a secretária não responde a nenhum inquérito.
Membro suplente da CPI, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) registrou a decisão. “Que venha a oitiva na CPI”, escreveu ele em rede social.
Capitã cloroquina – No dia 21 de março, Pinheiro, que é médica pediatra, dividiu com seus contatos no Facebook um pouco do que se passava com ela durante os dias em que seu corpo sentia os efeitos da Covid-19. Além de pensamento positivo e atendimento médico por via remota, seus parceiros de convalescença foram ivermectina, hidroxicloroquina, bromexina, azitromicina, zinco, vitamina D e proxalutamida, todos ali, “na cabeceira da cama”, como ela mesma postou.
O porquê de tantos remédios, ela também explicou no texto: “Porque quando a sensação de morte surge de forma inesperada, você usa todos os recursos que podem trazer benefício. E foi viver que escolhi”. Foi com esse discurso em defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 que Mayra Pinheiro recebeu o apelido que a acompanha.
- Fonte: Agência Senado.
- Foto: Divulgação.