Durante o domingo (23), o presidente Jair Bolsonaro foi alvo novamente de duras críticas devido promoção de aglomeração.
Após percurso com motociclista no Rio de Janeiro, o voltou a criticar os governadores e a decisão de lockdown nos estados.
Afirmou em discurso que essas medidas “não têm comprovação científica”.
“Desde o começo, disse que tínhamos dois problemas, o vírus e o desemprego, muitos prefeitos e governadores simplesmente ignoraram ‘a grande maioria’ da população brasileira e, sem qualquer comprovação cientifica, decretaram lockdowns, confinamentos, e toques de recolher”, disse o presidente.
Bolsonaro também afirmou que “se for preciso, fará justiça” sobre os governadores que fecharam comércios e adotaram medidas restritivas. Apesar da fala, ele afirmou que “não é uma ameaça” e que “jamais ameaçará qualquer governo”, mas que “a população é o primeiríssimo poder, acima dos três poderes”.
Bolsonaro fez seu discurso ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e do deputado Marco Feliciano (PSC). O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, também fez uma participação e subiu ao palanque, retirando a máscara.
A presença de Eduardo Pazuello na manifestação político-partidária no Rio criou um constrangimento para o Comando do Exército e pode abrir uma nova crise militar no governo de Jair Bolsonaro.
Isso porque Pazuello é general de divisão da ativa e como, todo militar da ativa, está proibido pelo Estatuto dos Militares e pelo Regulamento Disciplinar do Exército de participar de manifestações coletivas de caráter político.
O regulamento lista transgressões disciplinares e entre elas está:
“Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”.
Também são vedadas manifestações coletivas de caráter político aos militares da ativa.
- Fonte: CNN / O Estadão.
- Foto; Divulgação.