Os protestos realizados contra o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e suas ações políticas realizadas durante este período pandêmico, ocorreram em todo o país no sábado (29/05).
Foi a primeira vez, desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil, em março de 2020, que um número significativo de manifestantes contrários à atual gestão tomou as ruas, rompendo um longo período marcado por atos políticos realizados apenas por simpatizantes do governo.
Os atos políticos foram vistos simultaneamente em pelo menos 180 municípios, de 24 Estados e do Distrito Federal.
As manifestações de rua da oposição acontecem num momento em que Bolsonaro se vê pressionado pela queda de sua popularidade nas pesquisas de opinião mais recentes e pelo avanço das investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que avalia a resposta do governo à pandemia que já matou mais de 461 mil pessoas no país.
Uma primeira consequência das mobilizações deste sábado, segundo os analistas, é que Bolsonaro perde o “monopólio das ruas”, uma situação confortável em que apenas os seus apoiadores ocupavam o espaço público para se manifestar.
“Agora ele não pode mais falar que o povo está na rua em seu apoio. Aquela ideia de ‘eu autorizo, presidente’ não é mais tão simples, porque tivemos um contingente grande de pessoas dizendo que não autorizam o presidente”, observa Melo, do Insper.
- Fonte: BBC / Divulgação.
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