terça-feira, julho 2, 2024

Política – Tony Medeiros afirma que os interiores são desfavorecidos economicamente em um contexto de preservação ambiental.

 

A Zona Franca de Manaus (ZFM) tem demonstrado forte influência na preservação da floresta amazônica nas últimas décadas, oriunda da ampliação do Polo Industrial de Manaus (PIM). Todavia, para o deputado Tony Medeiros (PSD), a preservação ambiental tem atrapalhado os investimentos na economia amazonense, principalmente nos municípios do interior. 

O deputado afirmou, essa semana, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que todos os estados fazem bom proveito dos investimentos no setor primário, mas o Amazonas vai em contramão nesse quesito.

Em abril deste ano, Tony já havia proposto uma revisão do Código Ambiental na intenção de destravar o setor primário, atualizando leis ambientais do Estado a fim de agilizar a emissão de licenças.

Com uma opinião diferente, o economista Farid Mendonça Junior afirmou que o meio ambiente é a “nova agenda”, devido ao fato de que muitos fundos internacionais só investem em locais onde se tenha compromisso com a natureza.

“A questão ambiental não tem como retroceder. O Amazonas pode avançar inclusive nesta seara, com créditos de carbono, por exemplo. Ele precisa se projetar para o mundo e ocupar o seu lugar na discussão ambiental, podendo até liderar este processo”, citou o economista.

Mendonça Junior construiu seus argumentos baseado no fato de que o Estado nunca realizou uma Conferência das Partes (COP) sobre mudança climática no Brasil, um dos órgãos supremos das Nações Unidas sobre mudança no clima e que isso poderia ser feito no meio da Amazônia. “Temos que pensar na vanguarda deste processo e não ficar assistindo uma neocolonização ‘ambiental’. Temos que ajudar e, se possível, liderar o processo de regulamentação ambiental no mundo”, enfatizou.

Na visão do deputado, investir na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é a única maneira de ter êxito no processo de desenvolvimento da Amazônia. “Precisamos de muito mais investimentos e desburocratizar a questão ambiental. Além de procurarmos alternativas econômicos como o turismo e a pesca”, comentou o parlamentar ao falar sobre o caso de Parintians, a 372 quilômetros em linha reta de Manaus. Nesse caso, ele citou o Festival Folclórico e as tentativas de investimento em petróleo e gás na cidade.

Na opinião de Farid Mendonça Junior, é necessário o investimento em P&D para qualquer local do mundo, pois gera inovação. É esse processo gera competitividade da economia por meio de novos produtos e serviços com maior grau de tecnologia.

No entanto, o país investe pouco nessa área comparado aos outros, seja por via estatal ou privada. Dessa forma, o país tem uma competitividade muito baixa o que o deixa na “periferia do capitalismo”.

“Quando falamos do Estado do Amazonas, repetimos todo este enredo, mas com uma situação peculiar, que é o fato de estarmos sobre a maior biodiversidade do planeta sem aproveitá-la devidamente”, explica.

E o economista conclui dizendo que para explorar a floresta de maneira inteligente e sustentável, temos que estudá-la por meio de muito investimento em pesquisa pura e aplicada.


  • Fonte: Portal o Poder.

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