quinta-feira, novembro 21, 2024

Política – “Contra o povo, a favor do sistema?” – Vereadores, após dias de omissão, dividem opiniões sobre o Governo.

Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) estavam completamente omissos até o momento em relação aos ataques sofridos por Manaus e suas consequências para a população. Todavia, após críticas por parte da sociedade devido à falta de ações e de pronunciamentos, eles se revezaram durante o dia de ontem (8) entre defesas e críticas acerca da atuação do Governo do Estado quanto aos atos criminosos ocorridos no último final de semana.

A sessão híbrida, conduzida pelo vice-presidente Wallace Oliveira (Pros) e secretariada pela vereadora Glória Carratte (PL), teve como primeiro inscrito o presidente da Comissão de Segurança Pública Municipal da CMM, Capitão Carpê Andrade (Republicanos). O parlamentar manifestou seu descontentamento com a segurança pública da Região Metropolitana de Manaus.

“Nós temos uma Guarda Municipal defasada, abandonada pelos ex-gestores, com 70 anos de atraso. Tivemos um final de semana de terrorismo, narcoterrorismo na cidade de Manaus. Amanhecemos o domingo amedrontados, com a população clamando por socorro em um Estado que, infelizmente, não consegue proteger o cidadão”, afirmou.

Logo em seguida, o vereador Dione Carvalho (Patriota) também criticou a atuação do Governo do Estado diante da situação, e complementou dizendo que há a necessidade de intervenção militar. O vereador também criticou os deputados estaduais e federais que, segundo o parlamentar, se elegeram tendo marketing a segurança pública.

“Vou solicitar a intervenção militar. Se vamos conseguir eu não sei, mas eu vou falar com o comandante geral do Exército daqui do nosso Amazonas para saber o que que ele pode fazer para nos ajudar, já que os deputados federais que foram eleitos com o slogan da segurança não fazem nada. Cadê os deputados estaduais?”, questionou o vereador.

Divergente ao discurso de Carvalho, o vereador Dr. Daniel Vasconcelos (PSC) enumerou as ações do estado, as quais segundo ele, auxiliaram no controle da situação. Ademais, criticou os governos anteriores por terem deixado o Estado “sucateado”, sem investimentos decentes em segurança pública.

“Desde que começaram os ataques, o governador montou uma gestão de crise e foi reunir, inclusive, com o comandante militar da Amazônia. Ele não está parado, inclusive a Polícia Militar prendeu, de acordo com a última informação que eu tive, mais de 30 bandidos. A polícia não está parada, o governo não está parado”, afirmou.

O vereador Cícero Custódio (PT), concordando com Vasconcelos, saiu em defesa do governo do Estado ao afirmar que viaturas foram entregues para reforçar o efetivo da polícia e que foram oportunizadas promoções para um grupo de militares. “Temos que nos unir para defender o povo do Amazonas”, disse o vereador.

Por último, o vereador Caio André (PSC) também saiu a favor das medidas tomadas, ao classificar os acontecimentos como “ações hediondas do crime organizado”, e finalizou agradecendo ao governo do Estado pelo reforço policial que a cidade recebeu.

“Eu me irmano com os bravos policiais militares, que apesar do estado de guerra instalado pelos criminosos, não recuaram e continuam nas ruas combatendo essas ações hediondas do crime organizado!”, disse.


  • Fonte: Portal O Convergente / Portal O Poder / Portal de Transparência da CMM.

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